Nos tempos remotos, durante a criação da Terra, estavam os deuses hindus reunidos em assembléia para decidir um importante assunto. Estavam preocupados porque queriam esconder o segredo da felicidade para que os mortais não o pudessem descobrir, pois queriam conservá-lo só para si. Shiva achava que o deviam guardar no mais profundo dos oceanos, mas Brahma, que havia convocado a assembléia, recordou-lhe que os mares poderiam secar. Sugeriram deixar o segredo no fundo do vulcão mais tenebroso, mas outra vez Brahma se negou, porque os vulcões também poderiam se apagar. Indra, rei dos semideuses propôs guardar o segredo nos céus, mas também não foi ouvido, já que, disseram os outros, algum dia um mortal poderia voar como um pássaro.
Depois de anos inteiros de discussões, Brahma se pronunciou e, muito solenemente, disse aos outros deuses: “Já tomei uma decisão. Vamos guardar nosso segredo em um lugar no qual os mortais jamais procurariam”. “Onde meu filho?”, perguntou Sarasvati. E Brahma, seu filho e esposo, respondeu: “Nós o esconderemos dentro deles mesmos”.
Fonte: STAMATEAS, Bernardo. Autossabotagem. São Paulo: Academia de Inteligência Ltda, 3ª edição 2010. 20 ps. Lenda hindu enviada pelo Grupo Semeando Rosa)
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