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Enquanto Isto no Mundo Novo
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Era uma vez uma joaninha. Pintas pretas sobre fundo encarnado,
conhecem o género, não conhecem?
Bem. Como ia contando: era uma vez uma joaninha... O que ela se
enfastiava quando uma menina qualquer a prendia entre os dedos, para
lhe soprar a lengalenga do costume: ?Joaninha voa, voa, que o teu pai
está em Lisboa". Largada, depois, ares fora, a nossa joaninha
refilava:
- Mas qual pai? Mas qual Lisboa?
O pai dela, coitado, morrera há tempos, e a cidade de Lisboa não
estava nos seus projectos de viagem. Que mania!
Por isso a joaninha resolveu mascarar-se de escaravelho. Vestiu um
pijama às riscas e pronto. Ninguém diz: ?Escaravelho voa, voa, que o
teu pai está em Lisboa". Não dá jeito.
Com o que ela não contava era com o Dr. Bisnaga, cientista estudioso
de escaravelhos e do grande dano que eles causam à fruta e às batatas.
Pois o Dr. Bisnaga viu aquele exemplar um tanto fantasista, ainda não
classificado entre as suas variedades, e zás! Agarrou-o com uma pinça,
meteu-o num frasquinho e ala com ele para o seu laboratório, em
Lisboa.
Depois classificou-o. Deu-lhe um nome, por sinal o seu, ?Escaravelho
Bisnaguense", visto que se sentia o descobridor e, até certo ponto, o
pai daquela preciosidade. Por fim, tirou-lhe o retrato, para um grande
álbum de escaravelhos que estava a preparar, e foi à vida, à sua vida
de incansável investigador de escaravelhos.
Ficaria a pobre joaninha condenada a prisão perpétua, não se tivesse
desfeito, a tempo, do pijama às riscas.
- Uma vulgar joaninha no meu laboratório? - alarmou-se o sábio. - Fora daqui.
E atirou-a pela janela...
A joaninha saltou e, atarantada, esvoaçou sobre a fumarada da cidade.
Depois, mais decidida, voou desta história para fora. Uf! Chega de
aventuras.
Se a virem por aí, deixem-na viver sossegada o seu próprio destino de
joaninha sem nome. Ela agradece.
Enquanto Isto no Mundo Novo
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Era uma vez uma joaninha. Pintas pretas sobre fundo encarnado,
conhecem o género, não conhecem?
Bem. Como ia contando: era uma vez uma joaninha... O que ela se
enfastiava quando uma menina qualquer a prendia entre os dedos, para
lhe soprar a lengalenga do costume: ?Joaninha voa, voa, que o teu pai
está em Lisboa". Largada, depois, ares fora, a nossa joaninha
refilava:
- Mas qual pai? Mas qual Lisboa?
O pai dela, coitado, morrera há tempos, e a cidade de Lisboa não
estava nos seus projectos de viagem. Que mania!
Por isso a joaninha resolveu mascarar-se de escaravelho. Vestiu um
pijama às riscas e pronto. Ninguém diz: ?Escaravelho voa, voa, que o
teu pai está em Lisboa". Não dá jeito.
Com o que ela não contava era com o Dr. Bisnaga, cientista estudioso
de escaravelhos e do grande dano que eles causam à fruta e às batatas.
Pois o Dr. Bisnaga viu aquele exemplar um tanto fantasista, ainda não
classificado entre as suas variedades, e zás! Agarrou-o com uma pinça,
meteu-o num frasquinho e ala com ele para o seu laboratório, em
Lisboa.
Depois classificou-o. Deu-lhe um nome, por sinal o seu, ?Escaravelho
Bisnaguense", visto que se sentia o descobridor e, até certo ponto, o
pai daquela preciosidade. Por fim, tirou-lhe o retrato, para um grande
álbum de escaravelhos que estava a preparar, e foi à vida, à sua vida
de incansável investigador de escaravelhos.
Ficaria a pobre joaninha condenada a prisão perpétua, não se tivesse
desfeito, a tempo, do pijama às riscas.
- Uma vulgar joaninha no meu laboratório? - alarmou-se o sábio. - Fora daqui.
E atirou-a pela janela...
A joaninha saltou e, atarantada, esvoaçou sobre a fumarada da cidade.
Depois, mais decidida, voou desta história para fora. Uf! Chega de
aventuras.
Se a virem por aí, deixem-na viver sossegada o seu próprio destino de
joaninha sem nome. Ela agradece.
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