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Iaiá Romana era o apelido porque toda a gente conhecia uma velhinha que possuía uma bela roça, onde havia além de muitas outras frutas, uma bela plantação de bananeiras.
Quando as bananeiras estavam carregadas de cachos, a velha não tinha por quem mandar tirá-las, se sorte que ficavan maduras, e eram comidas pelos passarinhos, ou apodreciam.
Um dia, apareceu-lhe na roça um macaco, que lhe disse:
– Ó tiazinha, por que é que a senhora não colhe essas bananas, que já estão maduras, e não as põe na dispensa? Se não tiver quem lhe faça esse serviço, aqui estou eu, ao seu dispor.
Romana aceitou o oferecimento. O macaco, porém, assim que se pilhou trepado nas bananeiras, começou a comer as maduras e jogar as verdes para a velha, que, desesperada, jurou vingar-se.
Desde esse dia, vivia constantemente a procurar um meio de apanhá-lo. Qual! O bicho era esperto, e ela ficava sempre lograda.
Mas, um dia, a velha lembrou-se de fazer uma figura de alcatrão, fingindo um moleque, e colocou-lhe um tabuleiro de bananas bem madurinhas no cabo, como, se as estivesse vendendo.
Poucas horas depois apareceu o macaco. Supondo que era mesmo um pretinho, pediu uma banana. O moleque ficou calado.
– Moleque, dá-me uma banana, senão levas um sopapo! gritou.
O moleque permaneceu calado, e o macaco desandou-lhe a mão, ficando com ela grudada no alcatrão.
– Moleque, larga a minha mão, senão levas outro sopapo!... repetiu o macaco.
E o moleque sempre calado.
O macaco soltou outro bofetão, e ficou com a outra mão grudada.
– Moleque! moleque! larga as minhas duas mãos, senão levas um pontapé!... berrou o mono, enfurecido.
Como é bem de ver, o moleque calado estava e calado continuava.
O macaco deu-lhe um pontapé, ficando com o pé preso.
– Moleque dos diabos, larga meu pé que te dou outro pontapé! exclamou. E o moleque calado. O macaco deu outro pontapé, e ficou com os pés presos. Aí não se conteve mais, e disse:
– Moleque dos infernos, larga os meus dois pés e as minhas mãos, senão te dou uma umbigada!
E o moleque calado.
O macaco deu-lhe uma umbigada, e ficou completamente agarrado ao alcatrão. Assim que o viu preso, Iaiá Romana apareceu, foi ao mato, cortou umas varinhas, e começou a dar-lhe com toda a força uma sova enorme, enquanto ia dizendo:
– Eu não te disse, macaco, que havias de me pagar? Toma lá agora, para não vires caçoar comigo!
O macaco tanto se debateu, que afinal conseguiu se livrar do alcatrão, e nunca mais quis graças com a velha Romana.
Quando as bananeiras estavam carregadas de cachos, a velha não tinha por quem mandar tirá-las, se sorte que ficavan maduras, e eram comidas pelos passarinhos, ou apodreciam.
Um dia, apareceu-lhe na roça um macaco, que lhe disse:
– Ó tiazinha, por que é que a senhora não colhe essas bananas, que já estão maduras, e não as põe na dispensa? Se não tiver quem lhe faça esse serviço, aqui estou eu, ao seu dispor.
Romana aceitou o oferecimento. O macaco, porém, assim que se pilhou trepado nas bananeiras, começou a comer as maduras e jogar as verdes para a velha, que, desesperada, jurou vingar-se.
Desde esse dia, vivia constantemente a procurar um meio de apanhá-lo. Qual! O bicho era esperto, e ela ficava sempre lograda.
Mas, um dia, a velha lembrou-se de fazer uma figura de alcatrão, fingindo um moleque, e colocou-lhe um tabuleiro de bananas bem madurinhas no cabo, como, se as estivesse vendendo.
Poucas horas depois apareceu o macaco. Supondo que era mesmo um pretinho, pediu uma banana. O moleque ficou calado.
– Moleque, dá-me uma banana, senão levas um sopapo! gritou.
O moleque permaneceu calado, e o macaco desandou-lhe a mão, ficando com ela grudada no alcatrão.
– Moleque, larga a minha mão, senão levas outro sopapo!... repetiu o macaco.
E o moleque sempre calado.
O macaco soltou outro bofetão, e ficou com a outra mão grudada.
– Moleque! moleque! larga as minhas duas mãos, senão levas um pontapé!... berrou o mono, enfurecido.
Como é bem de ver, o moleque calado estava e calado continuava.
O macaco deu-lhe um pontapé, ficando com o pé preso.
– Moleque dos diabos, larga meu pé que te dou outro pontapé! exclamou. E o moleque calado. O macaco deu outro pontapé, e ficou com os pés presos. Aí não se conteve mais, e disse:
– Moleque dos infernos, larga os meus dois pés e as minhas mãos, senão te dou uma umbigada!
E o moleque calado.
O macaco deu-lhe uma umbigada, e ficou completamente agarrado ao alcatrão. Assim que o viu preso, Iaiá Romana apareceu, foi ao mato, cortou umas varinhas, e começou a dar-lhe com toda a força uma sova enorme, enquanto ia dizendo:
– Eu não te disse, macaco, que havias de me pagar? Toma lá agora, para não vires caçoar comigo!
O macaco tanto se debateu, que afinal conseguiu se livrar do alcatrão, e nunca mais quis graças com a velha Romana.
Conto tradicional brasileiro. Fonte: Historias da avozinha de Figueiredo Pimentel.
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