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HOJE ALGUMAS FRASES ME DEFINEM: Clarice Lispector "Os contos de fadas são assim. Uma manhã, a gente acorda. E diz: "Era só um conto de fadas"... Mas no fundo, não estamos sorrindo. Sabemos muito bem que os contos de fadas são a única verdade da vida." Antoine de Saint-Exupéry. Contando Histórias e restaurando Almas."Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos." Fernando Pessoa

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quinta-feira, 16 de maio de 2013

A árvore triste



"A árvore triste"
    
     Certa vez, existiu uma árvore que vivia sempre triste, porque de seus galhos jamais havia brotado uma flor.
     Só folhas. Uma abelhinha aproximou-se dela cantando:
                    
     - Zumm...zumm...zumm...Que árvore feia! Só tem folhas! E as flores, onde estão?
        

         Sua companheira observou:
         - Aqui não fico, pois preciso levar um pouco de mel para minha colméia.
   

     Vocês sabem o que é uma colméia?
     É a casinha das abelhas.       
     É ali que elas moram e fabricam o tão preciso mel.
     As abelhinhas são trablhadeiras, retiram o néctar das flores, que é um docinho que todas elas possuem.
            Depois levam esse néctar para a colméia e ali o depositam. Hoje, amanhã, depois...E vão formando o mel tão saboroso.
            Como é gostoso um favo de mel!
            Bem, voltemos à nossa história.

            A abelhinha continuou:
            - Como esta árvore não tem flores, vou-me embora.
     

         Chegou em seguida, uma linda borboleta e, voando em torno da árvore, comentou:
       - Como é triste esta árvore! Não tem nenhuma flor! As flores é que alegram a vida...
 

    Vocês sabiam que as borboletas põem ovinhos nas folhas das plantas, e desses ovinhos nescem uma porção de lagartas que um dia se transformam em lindas borboletas?
          Como é maravilhosa a natureza!
          Vieram também alguns passarinhos, mas não gostaram de fazer seus ninhos na árvore sem flores, por isso não ficaram lá. 
          A noite já vinha chegando, quando um menininho se aproximou da árvore.
          - Estou tão cansado que vou me deitar debaixo dessa árvore, disse o pequeno.
          Deitou e dormiu.

    A árvore, no seu silêncio, pensou: "Como ele está cansado...Deve estar sentindo frio! Vou derrubar minhas folhas sobre ele, para lhe servirem de agasalho, assim ele não sentirá tanto frio."
           Quando amanheceu, o menino acordou e disse admirado:
           - Que vejo? Quantas folhas! Dormi tão bem...Como essa árvore é boa e generosa! Agasalhou-me com suas folhas!
           O menininho, muito agradecido, disse a árvore:
           - Você terá sua recompensa: vou transformá-la na árvore mais bela e alegre deste lugar.

       E continuou:
       - Árvore, de hoje em diante, de seus galhos brotarão flores multicores, para que todos se sintam felizes!

        Voltaram as abelhinhas, a borboleta e os passarinhos, e todos disseram:
       - Como está bonita, perfumada e alegre! Você é a árvore mais linda que existe! Viremos sempre visitá-la!

      E todos cantaram junto com as flores...

O patinho que queria falar




     Era uma vez um lindo patinho amarelo. Um dia ele saiu de casa bem cedinho e foi passear na estrada. A manhã estava clara, o céu azul e havia muitos animaizinhos passeando.

    Não tinha ainda dado muitos passos e viu um gato engraçadinho. O gato que era muito bem educado, cumprimentou-o assim:
      - Miau, miau!
      O patinho ficou encantado e disse:
      - Oh! Que modo bonito de falar você tem, Sr. Gatinho.    
      Quem me dera falar assim !
      - É muito fácil, patinho, respondeu o gato. Vamos experimentar?
      O patinho experimentou dizer "miau". Não conseguiu. Experimentou de novo, experimentou muitas vezes! Foi impossível!         Então falou:
      - É muito difícil, Sr. Gatinho! Isso não é conversa para patinhos! Despediu-se do gato e continuou a passear.
   Foi andando, andando e encontrou-se com Dona Galinha Carijó.
     - Có, có, có, disse Dona galinha.
     O patinho ficou encantado:
     - Oh! Que modo bonito de falar a senhora tem, Dona Galinha!
      - Experimente falar assim, patinho.
      O patinho tentou imitar Dona Galinha. Fez tudo que pôde e nada conseguiu. Depois de algum tempo, já bem desanimado, falou:
      - Muito obrigado pela ajuda, Dona galinha, mas isto é muito difícil para patinhos.
    Despediu-se de Dona Galinha e continuou o seu caminho. Andou, andou e entrou na mata. De repente, ouviu a voz mais linda do mundo:
     - Piu, piu, piu!...
     - O patinho ficou encantado!        Olhou para cima e lá estava, no galho da árvore, um lindo passarinho de penas coloridas.
     - Que modo de falar bonito você tem, passarinho! Quem me dera falar como você!
     - Experimente, patinho! Experimente falar assim!
     O patinho abriu o bico. Fez tudo que pôde para dizer "piu, piu, piu!". Foi impossível. Já estava desanimado. Despediu-se e voltou triste para casa.
   No meio do caminho encontrou Dona Pata.
     - Quá, quá, quá, disse a pata.
     - Oh! Mamãe, disse o patinho. Será que posso falar como a senhora?
     - Experimente, filhinho,experimente...
      O patinho abriu o bico. Que vontade de falar como a mamãe! E se não conseguisse?...Não falou como gato, nem como galinha, nem como passarinho. Será que poderia falar como pato? Fez um esforço, e...
      - Quá, quá, quá...
      - Muito bem, filhinho ! disse-lhe a mamãe , toda feliz.
      O Patinho ficou alegre, muito alegre. Depois, juntinho com a mamãe, voltou para casa e a todo instante, abria o bico para dizer mais uma vez:
      - Quá, quá, quá...












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PERNAS LONGAS, PERNAS CURTAS


Imagem do Google
Era uma vez, no coração de África, na Savana,
uma avestruz que se chamava Ostrich; tinha dois filhinhos,
um tinha as pernas muito longas e o outro muito curtas
e chamavam-se Pernas Longas e Pernas Curtas.
Para além disso, para cuidar da casa tinha uma avestruz que se chamava Uuz. 
O papai Os…ch dizia-lhes todos os dias às avestruzezinhas
que tinham que arrumar todos os brinquedos porque se não,
um dia vinha um elefantinho Fant e levava-os para sua casa.
Pernas Lon… e Pernas Cur…não acreditavam e eram muito
preguiçosos e não ligavam ao papai.
Até que um dia, quando todos estavam dormindo,
O elefantinho …t, que era muito velhaco,
aproximou-se para ver se havia algum brinquedo para levar e,
como era muito brincalhão, levou-os todos.
Pela manhã, quando Pernas Lon… e Pernas Cur…
procuraram os brinquedos e, como não os encontravam,
Foram correndo acordar o seu papai, Os… ch,
que tinha a cabeça escondida na areia
(porque é assim que dormem as avestruzes).
Quando conseguiram acordá-lo, disseram-lhe que não podiam encontrar os brinquedos.
Ostrich respondeu-lhes: Já tinha avisado, mas não se preocupem,
falarei com o elefantinho …t para perguntar-lhe se os tem
e então, como é orgulhoso, vou dizer-lhe que façamos uma corrida
e que se ganho, tem que devolvê-los.
Efetivamente, fizeram uma corrida, para ver quem chegava a uma árvore que se via ao longe, dava a volta e regressava primeiro.
E sabem quem ganhou? Os… E sabem porquê?
Porque ainda que Fant corresse muito, o papai Ostrich era a avestruz
Com as pernas mais longas de todas as avestruzes
e era muito forte e potente.
 
Então, o elefantinho …t devolveu-lhes todos os brinquedos
e, para além disso, deu-lhes dois elefantinhos pequenos de Madeira,
um com pernas muito longas e outro com as pernas muito curtas.
E as avestruzezinhas, a partir de esse dia,
Arrumavam sempre os brinquedos antes de ir dormir.
E todos foram felizes,
vitória vitória,  acabou-se a história, e agora...
DORMIR!

O que os olhos não vêem



















































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Havia uma vez um rei
num reino muito distante,
que vivia em seu palácio
com toda a corte reinante.
Reinar pra ele era fácil,
ele gostava bastante.

Mas um dia, coisa estranha!
Como foi que aconteceu?
Com tristeza do seu povo
nosso rei adoeceu.
De uma doença esquisita,
toda gente, muito aflita,
de repente percebeu...

Pessoas grandes e fortes
o rei enxergava bem.
Mas se fossem pequeninas,
e se falassem baixinho,
o rei não via ninguém.

Por isso, seus funcionários
tinham de ser escolhidos
entre os grandes e falantes,
sempre muito bem nutridos.
Que tivessem muita força,
e que fossem bem nascidos.
E assim, quem fosse pequeno,
da voz fraca, mal vestido,
não conseguia ser visto.
E nunca, nunca era ouvido.

O rei não fazia nada
contra tal situação;
pois nem mesmo acreditava
nessa modificação.
E se não via os pequenos
e sua voz não escutava,
por mais que eles reclamassem
o rei nem mesmo notava.

E o pior é que a doença
num instante se espalhou.
Quem vivia junto ao rei
logo a doença pegou.
E os ministros e os soldados,
funcionários e agregados,
toda essa gente cegou.

De uma cegueira terrível,
que até parecia incrível
de um vivente acreditar,
que os mesmos olhos que viam
pessoas grandes e fortes,
as pessoas pequeninas
não podiam enxergar.

E se, no meio do povo,
nascia algum grandalhão,
era logo convidado
para ser o assistente
de algum grande figurão.
Ou senão, pra ter patente
de tenente ou capitão.
E logo que ele chegava,
no palácio se instalava;
e a doença, bem depressa,
no tal grandalhão pegava.

Todas aquelas pessoas,
com quem ele convivia,
que ele tão bem enxergava,
cuja voz tão bem ouvia,
como num encantamento,
ele agora não tomava
o menor conhecimento...

Seria até engraçado
se não fosse muito triste;
como tanta coisa estranha
que por esse mundo existe.

E o povo foi desprezado,
pouco a pouco, lentamente.
Enquanto que próprio rei
vivia muito contente;
pois o que os olhos não vêem,
nosso coração não sente.

E o povo foi percebendo
que estava sendo esquecido;
que trabalhava bastante,
mas que nunca era atendido;
que por mais que se esforçasse
não era reconhecido.

Cada pessoa do povo
foi chegando á convicção,
que eles mesmos é que tinham
que encontrar a solução
pra terminar a tragédia.
Pois quem monta na garupa
não pega nunca na rédea!

Eles então se juntaram,
Discutiram, pelejaram,
E chegaram à conclusão
Que, se a voz de um era fraca,
Juntando as vozes de todos
Mais parecia um trovão.

E se todos, tão pequenos,
Fizessem pernas de pau,
Então ficariam grandes,
E no palácio real
Seriam logo avistados,
Ouviriam os seus brados,
Seria como um sinal.

E todos juntos, unidos,
fazendo muito alarido
seguiram pra capital.
Agora, todos bem altos
nas suas pernas de pau.
Enquanto isso, nosso rei
continuava contente.
Pois o que os olhos não vêem
nosso coração não sente...

Mas de repente, que coisa!
Que ruído tão possante!
Uma voz tão alta assim
só pode ser um gigante!
- Vamos olhar na muralha.
- Ai, São Sinfrônio, me valha
neste momento terrível!
Que coisa tão grande é esta
que parece uma floresta?
Mas que multidão incrível!

E os barões e os cavaleiros,
ministros e camareiros,
damas, valetes e o rei
tremiam como geléia,
daquela grande assembléia,
como eu nunca imaginei!

E os grandões, antes tão fortes,
que pareciam suportes
da própria casa real;
agora tinham xiliques
e cheios de tremeliques
fugiam da capital.

O povo estava espantado
pois nunca tinha pensado
em causar tal confusão,
só queriam ser ouvidos,
ser vistos e recebidos
sem maior complicação.

E agora os nobres fugiam,
apavorados corriam
de medo daquela gente.
E o rei corria na frente,
dizendo que desistia
de seus poderes reais.
Se governar era aquilo
ele não queria mais!

Eu vou parar por aqui
a história a que estou contando.
O que se seguiu depois
cada um vá inventando.
Se apareceu novo rei
ou se o povo está mandando,
na verdade não faz mal.
Que todos naquele reino
guardam muito bem guardadas
as suas pernas de pau.

Pois temem que seu governo
possa cegar de repente.
E eles sabem muito bem
que quando os olhos não vêem
nosso coração não sente.



 Imagens do Gloogle


Dona Baratinha

Era uma vez uma baratinha que varria o salão quando, de repente, encontrou uma moedinha:
- Obá! Agora fiquei rica, e já posso me casar!
Este era o maior sonho da Dona Baratinha, que queria muito fazer tudo como tinha visto no cinema:
Então, colocou uma fita no cabelo, guardou o dinheiro na caixinha, e foi para a janela cantar:
notas musicais- Quem quer casar com a Dona Baratinha, que tem fita no cabelo e dinheiro na caixinha?notas musicais
Um ratinho muito interesseiro estava passando por ali, e ficou imaginando o grande tesouro que a baratinha devia ter encontrado para cantar assim tão feliz.
Tentou muito chamar sua atenção e dizer: "Eu quero! Eu quero!" Mas ele era muito pequeno e tinha a voz muito fraquinha e, enquanto cantava, Dona Baratinha nem ouviu.
Então chegou o, com seu latido forte, foi logo dizendo: - Eu quero! Au! Au!
Mas, Dona Baratinha se assustou muito com o barulhão dele, e disse:
- Não, não, não, não quero você não, você faz muito barulhão!
E o cachorrão foi embora.
O ratinho pensou: agora é minha vez! Mas...
- Eu quero, disse o elefante.
Dona Baratinha, com medo que aquele animal fizesse muito barulho, pediu que ele mostrasse como fazia. E ele mostrou:
- Não, não, não, não quero você não, você faz muito barulhão!
E o elefante foi embora.
O ratinho pensou novamente: "Agora é a minha vez!", mas...
Outro animal já ia dizendo bem alto: "Eu quero! Eu quero!"
E Dona Baratinha perguntou:
- Como é o seu barulho?
- GRRR!
- Não, não, não, não quero você não, você faz muito barulhão!
E vieram então vários outros animais: o rinoceronte, o leão, o papagaio, a onça, o tigre ... A todos Dona Baratinha disse não: ela tinha muito medo de barulho forte.
E continuou a cantar na janela:
notas musicais- Quem quer casar com a Dona Baratinha, que tem fita no cabelo e dinheiro na caixinha?notas musicais
Também veio o urso, o cavalo, o galo, o touro, o bode, o lobo, ... nem sei quantos mais.
A todos Dona Baratinha disse não.
Já estava quase desistindo de encontar aquele com quem iria se casar.
Foi então que percebeu alguém pulando, exausto de tanto gritar: "Eu quero! Eu quero!"
- Ah! Achei alguém de quem eu não tenho medo! E é tão bonitinho! - disse a Dona Baratinha. Enfim, podemos nos casar!
Então, preparou a festa de casamento mais bonita, com novas roupas, enfeites e, principalmente, comidas.
Essa era a parte que o Ratinho mais esperava: a comida.
O cheiro maravilhoso do feijão que cozinhava na panela deixava o Ratinho quase louco de fome. Ele esperava, esperava, e nada de chegar a hora de comer.
Já estava ficando verde de fome!
Quando o cozinheiro saiu um pouquinho de dentro da cozinha, o Ratinho não aguentou:
- Vou dar só uma provadinha na beirada da panela, pegar só um pedacinho de carne do feijão, e ninguém vai notar nada...
Que bobo! A panela de feijão quente era muito perigosa, e o Ratinho guloso não devia ter subido lá: caiu dentro da panela de feijão, e nunca mais voltou.
Dona Baratinha ficou muito triste que seu casamento tenha acabado assim.
No dia seguinte, decidiu voltar à janela novamente e recomeçar a cantar, mas...
Desta vez iria prestar mais atenção em tudo o que era importante para ela, além do barulhão, é claro!
notas musicais- Quem quer casar com a Dona Baratinha, que tem fita no cabelo e dinheiro na caixinha?notas musicais



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