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HOJE ALGUMAS FRASES ME DEFINEM: Clarice Lispector "Os contos de fadas são assim. Uma manhã, a gente acorda. E diz: "Era só um conto de fadas"... Mas no fundo, não estamos sorrindo. Sabemos muito bem que os contos de fadas são a única verdade da vida." Antoine de Saint-Exupéry. Contando Histórias e restaurando Almas."Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos." Fernando Pessoa

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quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

55H MMN- O Elefante Sem Tromba

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Maria Waldete de Oliveira Cestari
Um elefante tinha o péssimo costume de botar a tromba onde não era
chamado: não podia ver um buraco no chão, numa árvore, numa pedra que
já ia colocando ali a sua tromba.
Os bichos já estavam revoltados com essa atitude do elefante porque
além do mais, ele era um grande fofoqueiro e um palpiteiro de
primeira. Fazia fofocas sobre todos os bichos: provocou uma briga
entre a onça e o macaco dizendo que a onça tinha dito que iria lhe
arrancar a pele. Causou uma briga entre o gambá e a raposa dizendo que
a raposa tinha dito que ela era prima dele, mas que não suportava o
seu cheiro. Conseguiu romper a velha amizade do galo com a lebre
dizendo que o galo tinha dito que por causa dela logo passariam fome,
porque ela só arrumava filhos.
Causou um grande bate-boca entre o lobo e os coiotes dizendo que eles
não caçavam e viviam às custas dele. Os animais decidiram fazer uma
assembléia para resolver de uma vez por todas o problema.
Arquitetaram um plano que acabaria de uma vez com o feio costume do
elefante e as formigas foram escolhidas para realizá-lo. Os animais
decidiram fazer uma assembléia para resolver de uma vez por todas o
problema. Arquitetaram um plano que acabaria de uma vez com o feio costume do
elefante e as formigas foram escolhidas para realizá-lo. Certo dia, ao
passar pelo formigueiro, o elefante ouviu um grande tumulto. Curioso
como ele só, colocou a sua tromba no buraco do formigueiro e as
formigas passaram a picá-la sem dó. O elefante desesperado e urrando
de dor, tentava tirar a tromba do buraco, mas como a união faz a
força, as formigas, num grande esforço coletivo, puxavam-na cada vez
mais para dentro. Puxa daqui, repuxa dali, pica daqui, belisca dali e
PUM! Lá se foi a tromba! O elefante sem tromba saiu correndo e se
escondeu numa gruta onde ficou vários dias curtindo a sua dor.
As formigas saíram do formigueiro e exibiam a todos os bichos o
cobiçado troféu: a tromba do elefante.
Passado algum tempo, o elefante muito envergonhado saiu da gruta para
comer. Risadas e mais risadas. Também onde é que já se viu um elefante
sem tromba?
E todo dia era a mesma história e o elefante, passando por tanta
humilhação, foi ficando cada vez mais triste. Até que um dia,
desabafou ao jacaré:
- Não agüento mais essa vida! Além de ficar sem tromba, ainda tenho
que agüentar gozações todos os dias. Se ao menos eu pudesse colocar
uma tromba postiça...
Foi aí que o jacaré teve uma idéia:
- Eu tenho uma coisa lá em casa que poderia resolver o seChegando a
casa, o jacaré foi remexer num velho baú do qual tirou um saxofoneu
problema. Vamos lá.
Depois de algumas adaptações, foi colocado no elefante para lhe servir
de tromba. O elefante todo feliz e pulando de alegria, saiu pela floresta.
- Olá, elefante! - FOM!
- Mas o que é isso?!!!
- FOM! FOM!
Meu Deus, eu sou uma galinha idosa mas não estou caduca! Devo estar sonhando!
- FOM!
Cada vez que o elefante tentava dizer alguma coisa, o saxofone soltava
sons estridentes e o animal irritado resolveu livrar-se daquela tromba
barulhenta.
Sem tromba e sem coragem de encarar os bichos, trancou-se em casa. Foi
aí que teve uma idéia: ele viu pendurado na parede, um grande chifre
de boi que lhe fora dado por um amigo boiadeiro.
Desta vez vai ser diferente.
Adaptou o chifre na cara e lhou-se no espelho. Estava horrível. Seu
corpo era de uma cor e o chifre de outra.
- Sabe de uma coisa? Vou pintar o meu corpo, assim, ninguém me
reconhecerá e não vão mais caçoar de mim. E com uma lata de tinta,
pintou-se todo de verde, inclusive a tromba. Colocou um chapéu na
cabeça e saiu de casa para ver a reação da bicharada. Foi uma risada
geral! Nunca se ouviram tantas gargalhadas na floresta como naquele
dia. Pobre elefante! Desanimado, voltava para a casa quando deu de
cara com o gambá:
- Ué, por que está com esta cara?
Não aguento mais esta vida! Todo mundo caçoa de mim só por que eu
perdi a tromba.
- E por que você não faz uma tromba de bambu?
- Puxa que boa idéia você me deu!
E o elefante saiu pulando de alegria. Foi a um bambuzal que havia ali
perto, escolheu um pedaço de bambu. Cortou-o do comprimento e da
largura de sua antiga tromba... experimentou... estava perfeito! Só
que não se mexia.
- Não faz mal, pensou o elefante. Ela deve servir para alguma coisa.
E servia mesmo. Um dia, ao passar pela roça de Dona Onça, viu a
dificuldade que ela sentia para apanhar laranjas no alto do pé.
- Eu, alto como sou e com essa tromba de bambu, posso ser útil, pensou
o elefante. ofereceu-se para apanhar as laranjas para Dona Onça. Foi
um sucesso. O elefante sentia-se útil e aos poucos foi conquistando a
amizade e o respeito dos bichos. F I M "




Arte Final
Mara Regina Ferro & Siomara Regina Segolin
Colaboração
Márcia Regina Lopes
Dedicatórias
Para Dane, Ju e Binho com todo o meu amor. (Wal)
Para Cibele, que sempre me incentivou, com carinho. (Chico)

Estamos Com Fome de Amor

Arnaldo Jabor
Imagem retirada do Google

Uma vez Renato Russo disse com uma sabedoria ímpar: "Digam o que disserem, o mal do século é a solidão". Pretensiosamente digo que assino embaixo sem dúvida alguma. Parem pra notar, os sinais estão batendo em nossa cara todos os dias.
Baladas recheadas de garotas lindas, com roupas cada vez mais micros e transparentes, danças e poses em closes ginecológicos, chegam sozinhas. E saem sozinhas. Empresários, advogados, engenheiros que estudaram, trabalharam, alcançaram sucesso profissional e, sozinhos.
Tem mulher contratando homem para dançar com elas em bailes, os novíssimos "personal dance", incrível. E não é só sexo não, se fosse, era resolvido fácil, alguém duvida?
Estamos é com carência de passear de mãos dadas, dar e receber carinho sem necessariamente ter que depois mostrar performances dignas de um atleta olímpico, fazer um jantar pra quem você gosta e depois saber que vão "apenas" dormir abraçados, sabe, essas coisas simples que perdemos nessa marcha de uma evolução cega.
Pode fazer tudo, desde que não interrompa a carreira, a produção. Tornamos-nos máquinas e agora estamos desesperados por não saber como voltar a "sentir", só isso, algo tão simples que a cada dia fica tão distante de nós.
Quem duvida do que estou dizendo, dá uma olhada no site de relacionamentos Orkut, o número que comunidades como: "Quero um amor pra vida toda!", "Eu sou pra casar!" até a desesperançada "Nasci pra ser sozinho!".
Unindo milhares, ou melhor, milhões de solitários em meio a uma multidão de rostos cada vez mais estranhos, plásticos, quase etéreos e inacessíveis.
Vivemos cada vez mais tempo, retardamos o envelhecimento e estamos a cada dia mais belos e mais sozinhos. Sei que estou parecendo o solteirão infeliz, mas pelo contrário, pra chegar a escrever essas bobagens (mais que verdadeiras) é preciso encarar os fantasmas de frente e aceitar essa verdade de cara limpa. Todo mundo quer ter alguém ao seu lado, mas hoje em dia é feio, démodé, brega.
Alô gente! Felicidade, amor, todas essas emoções nos fazem parecer ridículos, abobalhados, e daí? Seja ridículo, não seja frustrado, "pague mico", saia gritando e falando bobagens, você vai descobrir mais cedo ou mais tarde que o tempo pra ser feliz é curto, e cada instante que vai embora não volta.
Mais (estou muito brega!), aquela pessoa que passou hoje por você na rua, talvez nunca mais volte a vê-la, quem sabe ali estivesse a oportunidade de um sorriso a dois.
Quem disse que ser adulto é ser ranzinza? Um ditado tibetano diz que se um problema é grande demais, não pense nele e se ele é pequeno demais, pra quê pensar nele. Dá pra ser um homem de negócios e tomar iogurte com o dedo ou uma advogada de sucesso que adora rir de si mesma por ser estabanada; o que realmente não dá é continuarmos achando que viver é out, que o vento não pode desmanchar o nosso cabelo ou que eu não posso me aventurar a dizer pra alguém: "vamos ter bons e maus momentos e uma hora ou outra, um dos dois ou quem sabe os dois, vão querer pular fora, mas se eu não pedir que fique comigo, tenho certeza de que vou me arrepender pelo resto da vida".
Antes idiota que infeliz!

Imagem retirada do Google

Meu Irmãozinho me atrapalha

Eu tenho um irmãozinho que se chama Pedro. A gente chama ele de Pedrinho. Ele é bem bonitinho e eu gosto muito dele. Acho que eu gosto.
Antes que ele nascesse eu vivia chateando a minha mãe pra ela me arranjar um irmãozinho. Eu até andava pra trás, porque quando uma criança anda pra trás, é porque ela vai ganhar um irmãozinho.
E fui eu que escolhi o nome dele: Pedro, que é o nome do meu melhor amigo. E no dia que ele nasceu, eu fui no hospital visitar minha mãe e meu pai botou ele no meu colo! E ele era tão pequenininho! Eu até achei que eu tinha que tomar conta dele sempre!
Mas às vezes, meu irmãozinho me atrapalha!
Ele é muito pequeno e não sabe brincar das coisas que eu sei!
E ele se mete nas minhas brincadeiras e atrapalha tudo!
E a minha mãe fica me enchendo, que ela quer que eu leve ele pra todo lugar que eu vou: pra brincar na areia, pras festas de aniversário, pra ir ao shopping com meu pai.
Quando a gente sai na rua, todo mundo fica dizendo:
“Que bonitinho!”
“Que engraçadinho!”
Eu não acho graça nenhuma, que eu quero andar depressa e ele não sabe andar depressa...
E se eu quero comprar alguma coisa a minha mãe diz:
“Você já ganhou um presente hoje! Agora é a vez do Pedrinho!”
Antigamente, meu pai me contava uma história, antes de dormir.
Mas agora, ele não quer fazer barulho, pro Pedrinho não acordar!
Então ele me leva pra sala, pra contar histórias, e eu acabo dormindo no sofá!
E os meus tios e os meus primos, quando eu chego na casa da vovó, só ficam brincando com o Pedrinho e não ligam mais pra mim...
E quando o Pedrinho fica doente? Todo mundo só quer saber dele, só manda eu ficar quieto, pra não acordar ele, e todo mundo traz presentes pra ele e esquece de me trazer presentes...
Mas no outro dia eu estava um pouquinho doente. Aí minha mãe nem foi trabalhar pra ficar comigo e a minha tia passou o dia todo me agradando e meu pai me trouxe um monte de brinquedos.
É! Aquele dia foi bom!
Também foi bom no outro dia, quando a vovó veio lá em casa, e todo mundo estava fazendo festa pro Pedrinho, e ela disse:
“Eu quero é ver o Miguel! Que eu gosto muito do Miguel!”
Aí minha avó me pegou no colo, me contou um monte de histórias e disse que eu já estava ficando muito grande e muito bonito!
Ela até falou que ela gostava de brincar comigo, porque eu sei brincar de uma porção de coisas, que o Pedrinho ainda não sabe.
E quando meu amigo veio na minha casa e disse que não queria brincar com o Pedrinho que ele era chato, eu fiquei louco da vida e disse que meu irmão não era chato, nada! Só se fosse o irmão dele!
Porque o Pedrinho é bem bacana!
Ele anda de um jeito diferente, e ele fala umas coisas engraçadas. Ele brinca comigo de carrinho e de pegador e a gente joga bola junto
E eu boto ele no carrinho de brinquedo e empurro pela casa toda, e ele ri muito e eu também.
Está certo que às vezes criança pequena atrapalha.
Mas também, às vezes, criança pequena é bem divertida!
E sabe de uma coisa?
Eu não acho que eu gosto dele.
Eu sei que eu gosto muito, muito mesmo do meu irmãozinho!

Ruth Rocha

Mosaico - Abelha Chocolateira

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domingo, 20 de fevereiro de 2011

Jessier Quirino: Bandeira Nordestina - Literato - Para Quem tem Saudade

54H MMN - A Guerra Entre as Galinholas e as Baleias

Imagem retirada do Google

06 anos de Mundo Novo

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Todas as manhãs, a pequena galinhola ia à praia tomar o
pequeno-almoço. Corria para a água com as suas perninhas altas e slup…
slup… engolia um pequeno vairão. Depois corria de novo para a praia eesperava. Voltava de novo à água e slup… slup… engolia um outro pitéu.
A baleia, que vivia nas águas profundas da baía, viu a galinhola acorrer para dentro e para fora de água. Ergueu bem a cabeça enorme e
chamou-a:
— Ei, passarinho! Não te quero na minha água! O mar pertence às baleias!
A galinhola decidiu ignorá-la.
— O mar também pertence às galinholas. E há muito mais galinholas do que baleias. Vê lá se me deixas em paz! A baleia encolerizou-se e começou a esguichar. A galinhola tinha-a enfurecido.
— Mais galinholas? Há muito mais baleias no oceano do que galinholas em terra!
— Não há, não! — replicou a pequena galinhola. Há mais galinholas! A baleia estava furiosa.
— Vou chamar as minhas irmãs. Vais ver!
A baleia veio à superfície e esguichou buuturu… buuturu. Depois voltou a mergulhar bem fundo na baía. Virou-se para leste e chamou:
— Baleias do leste. Baleias do leste. Venham…venham para esta ilha!Veio de novo à superfície.
Esguichou buuturu… buuturu… e mergulhou em direcção ao oeste.
— Baleias do oeste. Baleias do oeste. Venham… venham para esta ilha!De novo veio à superfície. Esguichou buuturu… buuturu… e mergulhou em direcção ao norte.
— Baleias do norte. Baleias do norte. Venham…venham para esta ilha!Voltou de novo a emergir. Esguichou buuturu… buuturu… e mergulhou em direcção ao sul.
— Baleias do sul. Baleias do sul. Venham…venham para esta ilha!A leste, a oeste, a norte e a sul, as suas irmãs baleias ouviram-na.Começaram a nadar em direcção à ilha. Quando já tinham chegado todas, a baía ficou tão cheia de baleias que podíamos caminhar nos seus dorsos! Estavam todas apinhadas naquela baía. A galinhola ficou alarmada.
— Tens mesmo muitas irmãs! Mas espera, que eu vou chamar as minhas irmãs galinholas!
A pequena galinhola começou a saltar para cima e para baixo e a emitir o seu grito de galinhola: — Kirriri… kirriri… kirriri… kirriri… Galinholas! Galinholas! Leste!Leste! Leste! Leste! Venham depressa! Venham depressa! Para esta ilha!
— Galinholas! Galinholas! Oeste! Oeste! Oeste! Oeste! Venham depressa!Venham depressa! Para esta ilha!
— Galinholas! Galinholas! Norte! Norte! Norte! Norte! Venham depressa!Venham depressa! Para esta ilha!
— Galinholas! Galinholas! Sul! Sul! Sul! Sul! Venham depressa! Venham depressa! Para esta ilha!
E as galinholas vieram a voar! Do leste, do oeste, do norte, do sul.Quando pousaram, cobriram a praia inteira! Cobriram as árvores! Havia tantos pássaros! Havia mais pássaros ou mais baleias? Havia mais baleias ou mais pássaros? Era impossível dizer. As baleias falavam entre elas. — Temos de chamar os nossos primos. Nessa altura, haverá mais baleias do que pássaros.
Então, as baleias vieram todas à tona da água e chamaram:
— Buuturu… buuturu…
Mergulharam fundo, bem fundo.Chamaram a leste.
— Primos do leste! Primos do leste! Venham… venham para esta ilha!Voltaram à superfície e esguicharam.
— Buuturu… buuturu…Mergulharam.
— Primos do oeste! Primos do oeste! Venham… venham para esta ilha!Voltaram à superfície e esguicharam.
— Buuturu… buuturu… Mergulharam.
— Primos do norte! Primos do norte! Venham… venham para esta ilha!
Voltaram à superfície e esguicharam. Mergulharam uma vez mais.
— Primos do sul! Primos do sul! Venham… venham para esta ilha!
Do leste e do oeste, do norte e do sul, os primos das baleias começaram a nadar em direcção à ilha. Os golfinhos ouviram o chamamento e vieram. As orcas ouviram o chamamento e vieram. Os lobos-marinhos ouviram o chamamento e vieram também. Até os tubarões vieram.
Quando já tinham chegado todas os primos da baleia, os peixes eram tantos que rodeavam completamente a ilha. Até onde a vista alcançava,havia criaturas marinhas a esguichar e a mergulhar.As galinholas ficaram assustadas.
— Há tantas criaturas do mar. Depressa! Temos de chamar todos os nossos primos!
As galinholas começaram aos pulos e a emitir o seu chamamento:
— Kirriri… kirriri… kirriri… kirriri…
— Primos das galinholas! Leste! Leste! Leste! Venham depressa! Venham depressa para esta ilha!
— Primos das galinholas! Oeste! Oeste! Oeste! Venham depressa! Venham depressa para esta ilha!
— Primos das galinholas! Norte! Norte! Norte! Venham depressa! Venham depressa para esta ilha!
— Primos das galinholas! Sul! Sul! Sul! Venham depressa! Venham depressa para esta ilha!
Do leste e do oeste, do norte e do sul, os primos das galinholascomeçaram a chegar. As gaivotas ouviram o chamamento e vieram. As gaivinas ouviram o chamamento e vieram. Os corvos-marinhos ouviram o chamamento e vieram também. Até as garças-reais vieram.
Depois de todas estas aves marinhas terem chegado, cobriram as praias e estenderam-se até às montanhas. Não havia um pedaço de terra naquela ilha que não estivesse coberto por pássaros! Havia mais pássaros ou mais animais marinhos? Mais primos das baleias
ou mais primos das galinholas? Ninguém saberia dizer. Então as baleias tiveram uma ideia.
— Se as baleias comessem a terra toda… os pássaros afogar-se-iam. Haveria então mais baleias do que galinholas. Vamos a isso! As baleias começaram a mastigar a terra. Scrunch… scrunch… scrunch… A praia desaparecia gradualmente por entre as suas mandíbulas enormes. Então a galinhola teve uma ideia. — Se os pássaros bebessem toda a água do mar… as baleias morreriam!Então haveria mais galinholas do que baleias. Vamos a isso!Os pássaros voaram em direcção ao oceano. Cada um deles enfiou o bico na água e começou a beber. Beberam… beberam… até ficarem com a boca cheia de água… Beberam… beberam… até ficarem com as barrigas cheias de água. Como era mais fácil beber do que mastigar, os pássaros acabaram a sua tarefa primeiro! Olharam em volta. As baleias estavam a morrer por falta de água. Os peixes também estavam a morrer por falta de água. Os caranguejos minúsculos… as estrelas-do-mar… todas as criaturas marinhas estavam a morrer sob o sol escaldante.
De repente, os pássaros pensaram numa coisa.
— Os caranguejos minúsculos… todas estas criaturas do mar… tudo isto é o nosso alimento. É o que nós comemos. Se elas morrerem, nós morremos também. Isto é uma má ideia! Rápido! Cuspam a água! Cuspam fora o oceano!Ptooooie… ptoooie… ptoooie… Os pássaros cuspiram fora o oceano todo. As baleias começaram de novo a mover-se. Os peixes recomeçaram a nadar. Os pequenos caranguejos e as estrelas-do-mar esticaram as suas perninhas e começaram a viver de novo. — Isto foi uma péssima ideia! — disseram as baleias. — O oceano é a
nossa casa. A praia faz parte do oceano. Estamos todos a destruir o
nosso próprio lar. Depressa! Cuspam fora a areia toda.
Glurk… glurk… glurk… As baleias cuspiram fora a areia toda.
— Esta guerra foi uma péssima ideia — disse a baleia. — Há mar que chegue para todos partilharmos.
— Tens razão — concordou a galinhola. — Foi uma má ideia. Quase destruímos o nosso lar!
Então, as baleias e os seus primos nadaram em direcção ao mar alto. Em direcção ao leste, ao oeste, ao norte e ao sul. E as galinholas e os seus primos também voaram para longe. Em direcção ao leste, ao oeste, ao norte e ao sul. E até hoje nunca ninguém descobriu se há mais baleias ou mais galinholas. Se há mais galinholas ou mais baleias. Não que isso interesse, realmente. No fundo, é uma razão demasiado insignificante para começar uma guerra… Margaret Read MacDonald
Conto das Ilhas Marshall

Peace Tales
Arkansas , August House Publishers, Inc., 2005

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Faca Sem Ponta Galinha Sem Pé

Ruth Rocha
Esta é a história de dois irmãos.
Com eles aconteceu uma coisa muito esquisita, muito rara e difícil de acreditar.
Pois eram dois irmãos: um menino, o Pedro. E uma menina a Joana.
Eles viviam com os pais, seu Setúbal e dona Brites.
E os problemas que eles tinham não eram diferentes dos problemas de todos os irmãos.
Por exemplo...
Pedro pegava a bola para ir jogar futebol, lá vinha Joana:
- Eu também quero jogar!
Pedro danava:
- Onde é que já se viu mulher jogar futebol?
- Em todo lugar.
- Eu é que não vou levar você! O que é que meus amigos vão dizer?
- E eu estou ligando pro que os seus amigos vão dizer?
- Pois eu estou. Não levo e pronto!
Joana ficava furiosa, batia as portas, chutava o que encontrasse no chão, fazia cara feia.
Dona Brites ficava zangada:
- Que é isso, menina? Que comportamento! Menina tem que ser delicada, boazinha...
- Boazinha? Pois sim! - respondia Joana de maus modos.
Ás vezes Pedro chegava da rua todo esfolado, chorando.
- Que é isso? - Espantava-se seu Setúbal. - O que foi que aconteceu?
- Foi o Carlão! foi o besta do Carlão! Me pegou na esquina - choramingava Pedro.
Seu Setúbal ficava furioso:
- E você? O que foi que você fez? Por acaso fugiu? Filho meu não foge! Volte pra lá já e bata nele também. E vamos parar com essa choradeira!
Homem não chora!
Pedrinho desapontava:
- Eu estou chorando é de raiva! É de ódio! Joana se metia :
- Homem é assim mesmo! Quando a gente chora é porque é mole, é boba, é covarde. Agora, homem quando chora é de ódio...
Pedro ficava furioso, queria bater na irmã.
Dona Brites entrava no meio:
- Que é isso, menino? Numa menina não se bate nem com uma flor...
Pedro ia embora, pisando duro:
- Só com um pedaço de pau...
E as brigas se repetiam sempre.
Quando Joana subia na árvore para apanhar goiaba, Pedro implicava:
- Mãe, olha a Joana encarapitada na árvore.
Parece um moleque!
- Moleque é o seu nariz! - gritava Joana. - Você toda hora está em cima de árvore, por que é que eu não posso?
- Não pode porque é mulher! Por isso é que não pode. E não adianta vir com conversa mole, não! Mulher é mulher, homem é homem!
Quando Pedro botava camisa nova e se olhava no espelho, Joana já implicava:
- Olha a mulherzinha! Como está vaidoso...
Ou então quando Pedro ficava comovido com alguma coisa, como filme triste, que tem menininha sozinha, sem ninguém para cuidar dela, Joana já começava a caçoar:
- Vai chorar, é? E agora é de ódio, è?
Mas nas outras coisas eles eram bem amigos:
Jogavam cartas, viam televisão juntos, iam ao cinema...
Um dia...
Tinha chovido muito e os dois vinham voltando da escola.
De repente, Pedro gritou:
- Olha só o arco-íris!
- É mesmo! - disse Joana. - que grandão! Que bonito!
- Puxa! - espantou-se Pedro. - Parece que está pertinho! Vamos passar por baixo? Vamos!
Joana se riu:
- Tia Edith disse que se a gente passar por baixo do arco-íris, antes do meio-dia, homem vira mulher e mulher vira homem...
- Que besteira! - disse Pedro. - Quem é que acredita numa coisa dessas?
E os dois se deram as mãos e correram, correram, na direção do arco-íris. E de repente pararam espantados.
Eles estavam se sentindo esquisitíssimos!
- O que aconteceu? - perguntou Joana.
E a voz dela saiu diferente, parece que mais grossa...
- Sei lá! - disse Pedro.
Mas parou de pressa, porque ele estava falando direitinho como uma menina.
- Aconteceu comigo uma coisa muito estranha... - resmungou Joana.
- Comigo também... - reclamou Pedro.
E os dois se olharam muito espantados...
E correram para casa.
Vocês podem imaginar o reboliço que foi na casa deles quando contaram o que tinha acontecido.
No começo ninguém estava acreditando.
- Que brincadeira mais idiota! - falou seu Setúbal.
- Vamos parar com isso? - disse dona Brites.
Mas depois tiveram que se convencer...
E naquele dia, no jantar, ninguém brigou para saber se menina podia ou não podia fazer isso ou aquilo.
Afinal ninguém sabia direito quem era quem...
O pai e mãe de Joana e Pedro ficaram conversando até de madrugada.
- Acho melhor nem contarmos pra ninguém - dizia seu Setúbal.
- Mas como é que vai ser? - argumentava dona Brites.
- Todo mundo vai notar! E podem até pensar coisa pior...
- E o nome deles? - perguntou seu Setúbal.
- Como é que fica?
- É mesmo! - choramingou dona Brites. - A Joaninha, meu Deus, que tinha o nome da minha mãe. Que Deus a tenha em sua glória, agora vai ter que se chamar Joano! Joano, Setúbal! Isso é lá
nome de gente? E o Pedro, que horror! Vai ter que se chamar Pêdra. Pode uma coisa dessas?
- E tem um outro problema em que estou pensando - disse seu Setúbal. - Está bem que a gente vista o Joano de homem... afinal as mulheres hoje em dia só querem se vestir de homem... mas vestir a Pêdra de mulher... não sei, não! E se ele, quer dizer, ela, virar homem outra vez?
- Ah, sei lá! - disse dona Brites. - Jà nem sei o que pensar. Acho melhor a gente ir dormir...
No dia seguinte o problema da roupa foi resolvido com facilidade. Foi só vestir calça de brim nos dois, mais camiseta e tênis.
Joano e Pêdra estavam brincando e rindo, como se nada estivesse acontecido, disfarçando para que os pais não se preocupassem ainda mais do que já estavam preocupados. Mas assim que saíram de casa ficaram sérios. Eles não sabiam como é que iam fazer na escola.
Logo na esquina, Pedro, quer dizer Pêdra, que agora era menina, deu o maior chute numa tampinha de cerveja que estava no chão.
- Vamos parar co isso? - disse Joano. - Menina não faz essas coisas.
- E eu sou menina? - reclamou Pêdra.
- É, não é?
- Ah, mas eu não me sinto menina! Tenho vontade de chutar tampinha, de empinar papagaio, de pular sela...
- Ué, eu também tinha vontade de fazer tudo isso e você dizia que menina não podia - reclamou Joano.
- Mas é que todo mundo diz isso - disse Pêdra. - que menina não joga futebol, que mulher é dentro de casa...
- Pois é, agora agüenta! Não pode, não pode, não pode...
- Ah, mas agora eu posse chorar a vontade, posse dizer fita, posso ter medo de escuro...
Quando tiver que ir buscar água de noite você é que tem que ir... e quando eu quiser ver novela ninguém vai me chatear...
E eles ficaram ali, uma porção de tempo, discutindo a situação.
De repente Pêdra lembrou-se de que precisava ir para o colégio.
- Sabe de uma coisa? - disse Joano. - Eu é que não vou para escola desse jeito ridículo.
- Não sei por que ridículo. Ridículo estou eu, aqui, virado em mulher.
- E você quer ir para escola? - perguntou Joano.
- Eu não - respondeu Pêdra.
E sentou num murinho, muito desanimada.
Joano sentou também.
- Sabe de uma coisa? - disse Pêdra. - Nós temos é que encontrar o arco-íris pra passar por baixo outra vez.
- Mas não está nem chovendo - choramingou Joano, que agora era menino mas bem que estava com vontade de chorar...
- É, mas se a gente não procurar não vai encontrar. E se não encontrar vai ficar desse jeito o resto da vida!
Então Joano tomou uma decisão:
- Olha aqui. Eu vou mas não vou levar você, não! Vou é sozinho! Menina só serve pra atrapalhar.
Pêdra ficou danada da vida:
- Ah, é? Então vire-se! Eu também vou procurar sozinha e não quero conversa com você.
Vamos ver quem encontra primeiro.
E cada um foi para o seu lado, sem nem olhar para trás.
Os dois rodaram o dia inteirinho, mas não tinha caído nem uma chovinha, de maneira que não havia jeito de encontrar o arco-íris. E no outro dia foi a mesmo coisa, e no outro, e no outro.
E em casa as coisas estavam piorando cada vez mais. Um implicava com o outro, caçoava, proibia:
- Menino não pode!
- Menina não faz!
- Onde é que já se viu?
- Coisa mais feia!
- Vou contar pra mamãe!
Se o arco-íris não aparecesse logo...
Até que um dia eles acordaram e estava chovendo a maior chuva que já tinha visto.
Trovão, relâmpagos, água que não acabava mais.
Os dois ficaram torcendo para a chuva passar. E quando passou, saíram, como sempre um para cada lado, procurando o arco-íris.
Joano chegou para lá da escola, num lugar onde ele nunca tinha ido.
E já vinha voltando, desanimado, quando viu, bem na sua frente, o arco-íris.
Joano correu e passou por baixo.
Mas não aconteceu nada.
Joano continuava Joano...
Com Pêdra aconteceu mais ou menos a mesma coisa.
Andou, andou, até fora da cidade. E só quando vinha voltando é que encontrou o arco-íris, passou por baixo e nada!
Na porta de casa os dois se encontraram:
- Nada, hein? - perguntou Pêdra.
- Nadinha! - respondeu Joano.
- Que será que aconteceu? - disse um.
- Que será que não aconteceu? - disse o outro.
E os dois se sentaram - tão amigos! - e contaram, um ao outro, como é que eles tinham passado por baixo e nada tinha acontecido...
De repente Pêdra se levantou animada:
- Espere um pouco! A tia Edith disse que tinha que passar embaixo do arco-íris antes do meio-dia, não foi? Então, pra desvirar tem que ser
Depois do meio-dia, é ou não é?
- É mesmo! - disse Joano. - E tem mais uma coisa. Pra mudar de sexo nós passamos de lá pra cá, não foi? A gente vinha voltando da escola, não vinha? Pois agora a gente tem que passar daqui pra lá, pra desvirar.
Pêdra ficou olhando para Joano:
- Sabe que você é bem esperta para uma menina?
Joano respondeu:
- Você também é bem esperta... pra uma menina.
Os dois se riram como há muito tempo não faziam. E juntos saíram á procura do arco-íris.
E de repente lá estava ele.
Grande, brilhante, colorido, como um desafio.
Joano e Pêdra deram-se as mãos.
E correram, juntos, em direção do arco-íris.
E finalmente perceberam que alguma coisa, novamente, tinha acontecido.
Então riram, se abraçaram e abraçados começaram a voltar para casa.
Então Joana viu uma tampinha de cerveja na calçada.
Correu e chutou a tampinha para Pedro.
Pedro devolveu e os dois foram jogando tam
pinha até em casa...

Posso Errar?

Imagem Retirada do Google
Leila Ferreira
Há pouco tempo fui obrigada a lavar meus cabelos com o xampu “errado”. Foi num hotel, onde cheguei pouco antes de fazer uma palestra e, depois de ver que tinha deixado meu xampu em casa, descobri que não havia farmácia nem shopping num raio de 10 quilômetros. A única opção era usar o dois-em-um (xampu com efeito condicionador) do kit do hotel. Opção? Maneira de dizer.
Meus cabelos, superoleosos, grudam só de ouvir a palavra “condicionador”.
Mas fui em frente. Apliquei o produto cautelosamente, enxaguei, fiz a escova de praxe e... surpresa! Os cabelos ficaram soltos e brilhantes — tudo aquilo que meus nove vidros de xampu “certo” que deixei em casa costumam prometer para nem sempre cumprir. Foi aí que me dei conta do quanto a gente se esforça para fazer a coisa certa, comprar o produto certo, usar a roupa certa, dizer a coisa certa — e a pergunta que não quer calar é: certa pra quem? Ou: certa por quê?
O homem certo, por exemplo: existe ficção maior do que essa? Minha amiga se casou com um exemplar da espécie depois de namorá-lo sete anos. Levou um mês para descobrir que estava com o marido errado. Ele foi “certo” até colocar a aliança. O que faz surgir outra pergunta:
certo até quando?
Porque o certo de hoje pode se transformar no equívoco monumental de amanhã. Ou o contrário: existem homens que chegam com aquele jeito de “nada a ver”, vão ficando e, quando você se assusta, está casada — e feliz — com um deles.
E as roupas? Quantos sábados você já passou num shopping procurando o vestido certo e os sapatos certos para aquele casamento chiquérrimo e, na hora de sair para a festa, você se olha no espelho e tem a sensação de que está tudo errado? As vendedoras juraram que era a escolha perfeita, mas talvez você se sentisse melhor com uma dose menor de perfeição. Eu mesma já fui para várias festas me sentindo fantasiada. Estava com a roupa “certa”, mas o que eu queria mesmo era ter ficado mais parecida comigo mesma, nem que fosse para “errar”.
Outro dia fui dar uma bronca numa amiga que insiste em fumar, apesar dos problemas de saúde, e ela me respondeu: “Eu sei que está errado, mas a gente tem que fazer alguma coisa errada na vida, senão fica tudo muito sem graça. O que eu queria mesmo era trair meu marido, mas isso eu não tenho coragem. Então eu fumo”. Sem entrar no mérito da questão — da traição ou do cigarro —, concordo que viver é, eventualmente, poder escorregar ou sair do tom. O mundo está cheio de regras, que vão desde nosso guarda-roupa, passando por cosméticos e dietas, até o que vamos dizer na entrevista de emprego, o vinho que devemos pedir no restaurante, o desempenho sexual que nos torna parceiros interessantes, o restaurante que está na moda, o celular que dá status, a idade que devemos aparentar.
Obedecer, ou acertar, sempre é fazer um pacto com o óbvio, renunciar ao inesperado.
O filósofo Mario Sergio Cortella conta que muitas pessoas se surpreendem quando constatam que ele não sabe dirigir e tem sempre alguém que pergunta: “Como assim?! Você não dirige?!”. Com toda a calma, ele responde: “Não, eu não dirijo. Também não boto ovo, não fabrico rádios — tem um punhado de coisas que eu não faço”. Não temos que fazer tudo que esperam que a gente faça nem acertar sempre no que fazemos. Como diz Sofia, agente de viagens que adora questionar regras: “Não sou obrigada a gostar de comida japonesa, nem a ter manequim 38 e,
muito menos, a achar normal uma vida sem carboidratos”.
O certo ou o “certo” pode até ser bom. Mas às vezes merecemos aposentar régua e compasso.

Se Um Homem Quer Você, Nada Pode Mante-lo Longe.

Uma reflexão!
MULHERES, LEIAM! SE JÁ LERAM, RELEIAM. VALE A PENA!
Se um homem quer você, nada pode mantê-lo longe.Texto de Oprah Winfrey.

Se um homem quer você, nada pode mantê-lo longe;
Se ele não te quer, nada pode fazê-lo ficar.
Pare de dar desculpas (de arranjar justificativas) para um homem e seu
comportamento. Permita que sua intuição (ou espírito) te proteja das mágoas.
Pare de tentar se modificar para uma relação que não tem que acontecer.
Mais devagar é melhor. Nunca dedique sua vida a um homem antes que
você encontre um que realmente te faz feliz.
Se uma relação terminar porque o homem não te tratou como você
merecia,”foda-se, mande pro inferno, esquece!”, vocês não podem “ser
amigos”. Um amigo não destrataria outro amigo.
Não conserte. Se você sente que ele está te enrolando, provavelmente é porque ele
está mesmo. Não continue (a relação) porque você acha que “ele vai
melhorar”. Você vai se chatear daqui um ano por continuar a relação quando as
coisas ainda não estiverem melhores.
A única pessoa que você pode controlar em uma relação é você mesma.
Evite homens que têm um monte de filhos, e de um monte de mulheres
diferentes. Ele não casou com elas quando elas ficaram grávidas,
então, porque ele te trataria diferente?
Sempre tenha seu próprio círculo de amizade, separadamente do dele.
Coloque limites no modo como um homem te trata. Se algo te
irritar,faça um escândalo. Nunca deixe um homem saber de tudo.


Mais tarde ele usará isso contra você. Você não pode mudar o comportamento


de um homem. A mudança vem de dentro.
Nunca o deixe sentir que ele é mais importante que você… mesmo se ele
tiver um maior grau de escolaridade ou um emprego melhor.
Não o torne um semi-deus. Ele é um homem, nada além ou aquém disso.
Nunca deixe um homem definir quem você é.
Nunca pegue o homem de alguém emprestado.
Se ele traiu alguém com você, ele te trairá.
Um homem vai te tratar do jeito que você permita que ele te trate.
Todos os homens NÃO são cachorros.
Você não deve ser a única a fazer tudo…compromisso é uma via de mão dupla.
Você precisa de tempo para se cuidar entre as relações. Não há nada
precioso quanto viajar. Veja as suas questões antes de um novo
relacionamento. Você nunca deve olhar para alguém sentindo que a pessoa


irá te completar. Uma relação consiste de dois indivíduos completos,


procure alguém que irá te complementar… não suplementar.
Namorar é bacana. Mesmo se ele não for o esperado Sr. Correto.
Faça-o sentir falta de você algumas vezes… Quando um homem sempre sabe
que você está lá, e que você está sempre disponível para ele, ele se
acha… Nunca se mude para a casa da mãe dele. Nunca seja cúmplice (ou
co-assine qualquer documento) de um homem.
Não se comprometa completamente com um homem que não te dá tudo o que
você precisa. Mantenha-o em seu radar, mas conheça outros…
Compartilhe isso com outras mulheres e homens (de modo que eles
saibam). Você fará alguém sorrir, outros repensarem sobre as escolhas,
e outras mulheres se prepararem.
"O medo de ficar sozinha faz que várias mulheres permaneçam em relações
que são abusivas e lesivas": Dr. Phill
Você deve saber que você é a melhor coisa que pode acontecer para
alguém e se um homem te destrata, é ele que vai perder uma coisa boa.
Se ele ficou atraído por você à primeira vista, saiba que ele não foi o único.
Todos eles estão te olhando, então você tem várias opções.
Faça a escolha certa.



CUIDEM BEM DE SEUS CORAÇÕES…


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