Quem sou eu

Minha foto
HOJE ALGUMAS FRASES ME DEFINEM: Clarice Lispector "Os contos de fadas são assim. Uma manhã, a gente acorda. E diz: "Era só um conto de fadas"... Mas no fundo, não estamos sorrindo. Sabemos muito bem que os contos de fadas são a única verdade da vida." Antoine de Saint-Exupéry. Contando Histórias e restaurando Almas."Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos." Fernando Pessoa

Colaboradores

domingo, 31 de janeiro de 2010

Vassilissa - a Formosa

Conto Russo

Há muito, muito tempo, num certo reino distante, vivia um rico mercador, com sua mulher e uma única filha. A menina chamava-se Vassilissa, e era bonita e meiga como uma flor. Mas um dia quando Vassilissa tinha apenas 8 anos, sua mãe ficou muito doente, e, sentindo que ia morrer, chamou a filha, tirou de sob as cobertas uma pequena boneca e lhe entregou dizendo:
- Escuta, Vassilissa, minha filha, as minhas últimas palavras. Ao morrer deixo-te a minha bênção e esta bonequinha, que deverás trazer sempre contigo. Não a mostres a ninguém, e quando te acontecer algum desgosto, dá-lhe de comer e beber, e pede-lhe conselhos. Depois de alimentada, ela te dirá o que fazer para te ajudar na desgraça.
Algum tempo depois da morte da mãe, seu pai casou-se de novo, com uma viúva que tinha duas filhas, pouco mais velhas do que Vassilissa, pensando que isso seria bom para sua filhinha órfã de mãe. Mas enganou-se, porque a madrasta não gostava da enteada. Ela e as filhas invejavam a sua beleza, e atormentavam-na com toda sorte de trabalhos e encargos pesados, para que ela ficasse magra e feia.
Vassilissa suportava tudo pacientemente e, apesar da vida dura que levava, ficava cada vez mais bonita, passou a ser chamada de Vassilissa, a formosa, enquanto a madrasta e sua filhas iam ficando cada vez mais feias e secas, de tanta ruindade, mesmo passando o tempo todo comendo, sem fazer nada.
Como isso era possível? É que a bonequinha que a mãe lhe dera ajudava a menina, que muitas vezes deixava de comer só para com sua porção alimentar a boneca, sempre à noite, depois que todos se deitavam. Ela lhe dava de comer dizendo: “Come, boneca-beleza, e ouve minha tristeza!” E lhe contava os seus problemas. A boneca escutava, dava-lhe conselhos e a mandava dormir. E pela manhã todo o trabalho já aparecia feito, enquanto a menina descansava na sombra e colhia flores. Assim ela ia vivendo.
Passaram alguns anos, e as meninas chegaram à idade de ficar noivas. Mas todos os pretendentes que apareciam, e não eram poucos, só tinham olhos para Vassilissa, cada vez mais formosa. E nem olhavam para as filhas da madrasta. Esta ficava furiosa, e só respondia a todos os pretendentes que não concederia a mão da mais nova antes que as duas mais velhas se casassem. E depois de despachar o pretendente, ela descontava sua raiva maltratando Vassilissa. Um dia, o pai de Vassilissa, teve de partir para uma longa viagem de negócios, e foi então que a madrasta se aproveitou da sua ausência para se vingar da enteada. Mudou-se logo para outra casa, que ficava à beira da floresta, onde, todos sabiam, vivia a malvada bruxa Baba-Iága, que não deixava ninguém se aproximar dela. Quem se aproximasse, ela devorava como se fosse um frango. Então a madrasta começou a mandar Vassilissa para a floresta toda hora, buscar uma coisa ou outra, esperando que a menina caísse nas garras da bruxa perversa.
Mas Vassilissa voltava sempre, incólume, porque a bonequinha lhe indicava o caminho certo, e não deixava aproximar-se da cabana da Baba-Iága.
Não sabendo mais o que inventar, certo dia, ao anoitecer, a madrasta apagou as velas da casa, só para mandar Vassilissa buscar fogo. E quem tinha fogo sempre, todos sabiam, era só a Baba-Iága.
- Vai procurar a Baba-Iága e não te atrevas a voltar sem o fogo!
- Eu vou e vou levar o meu jantar. Pegou a trouxinha com sua escassa comida, e logo as três a empurraram para fora da casa, para o escuro da noite.
Assim que se afastou da casa, a menina sentou-se num tronco caído e começou a alimentar a sua bonequinha.
“Come, boneca-beleza, e ouve a minha tristeza!” Estão me mandando para a Baba-Iága, buscar fogo! A bruxa vai me devorar!
A bonequinha comeu e seus olhos brilharam:
- Não tenhas medo, Vassilissa. Vai para onde te mandaram, mas não te separes de mim. Contigo, nenhum mal acontecerá.
Vassilissa pôs a bonequinha no bolso do avental, fez o sinal da cruz e entrou na floresta, trêmula. Andou um pouco, e, de repente, viu, passando a galope na sua frente, um cavaleiro todo branco, vestido de branco, sobre um corcel branco. E começou a amanhecer.
Andou mais um pouco, e viu outro cavaleiro, todo vermelho, vestido de vermelho, sobre um corcel vermelho. E começou a nascer o sol.
Vassilissa, andou e andou, e, só ao entardecer do dia seguinte, chegou à clareira onde ficava a cabana da Baba-Iága. A cerca em volta da casa era toda feita de ossos humanos, encabeçados por crânios espetados neles, com olhos humanos nas órbitas. O trinco do portão era uma boca humana cheia de dentes aguçados. E a casinha era construída sobre grandes pés de galinha.
Vassilissa parou, petrificada de susto. Nisso pasou galopando outro cavaleiro, todo negro, vestido de negro, sobre um corcel negro. E fez-se noite.
Mas a escuridão durou pouco, pois os olhos de todas as caveiras da cerca se acenderam como brasas vivas, e ficou claro como o dia.
Vassilissa, morta de medo, não sabia o que fazer e ficou parada no lugar, como enraizada. Nisso, ouviu, vindo da floresta, um grande barulho. Era a Baba-Iága, acocorada no seu pilão, apagando os rastros com a vassoura, desgrenhada e feia de meter medo!
Unf, unf!!! Sinto cheiro de carne humana! Quem está aqui?
Vassilissa, trêmula, aproximou-se da bruxa e disse:
“Sou eu vovozinha!” Sou Vassilissa, a madrasta e suas filhas me mandaram aqui para te pedir fogo.
Está bem, disse a bruxa. Eu as conheço. Mas tu, Vassilissa, antes terás de ficar morando e trabalhando um tempo aqui comigo, então te darei fogo. Senão eu te devoro!
Durante o dia inteiro, a bruxa deu tarefas, muito pesadas, para a menina cumprir, e para serví-la desde a manhã até a noite. Era varrer e lavar, cozinhar e cuidar da horta, limpar o quintal, lavar e passar roupa, trazer bebidas do porão, tudo isso Vassilissa tinha que fazer... E só conseguia dar conta do serviço graças à ajuda da bonequinha, que trazia sempre no bolso do avental e não mostrava à bruxa.
No dia seguinte, a bruxa acordou de madrugada, olhou em volta, viu que todo o serviço estava feito, e ficou aborrecida por não ter do que reclamar. Espiou pela janela, lá fora passou galopando o cavaleiro branco, e a manhã clareou. A bruxa saiu da casa , assobiou, e o seu pilão apresentou-se à sua frente, com a mão e a vassoura. Passou galopando o cavaleiro vermelho, e surgiu o sol. A Baba-Iága embarcou no pilão e saiu voando baixo, deixando Vassilissa sozinha em casa. A bonequinha fez todo o serviço pesado, e só deixou a menina arrumar a mesa e aguardar a bruxa.
Quando saiu de casa a bruxa mandou que a menina separasse os grãos bons dos carunchados. Tudo deveria estar pronto quando ela voltasse para casa, caso contrário ela comeria.
A menina pediu ajuda à sua boneca e esta lhe disse que não tivesse medo, que comesse, fizesse suas orações e dormisse, pois a noite é boa conselheira.
Na manhã seguinte quando acordou, a menina olhou pela janela e viu que os olhos das caveiras já estavam se fechando. O cavaleiro branco passou e nasceu o dia. A bruxa saiu e a menina ficou sozinha em casa admirando seus móveis e objetos. Quando começou a pensar na tarefa dos grãos a sua boneca já tinha resolvido tudo. Quando a bruxa chegou e viu tudo resolvido, ficou furiosa pois não sabia como colocar defeito. A bruxa então, gritou: “Meus fiéis servos, moam os grãos para mim.” Surgiram três pares de mãos de esqueletos e levaram os grãos.”
A bruxa deu a ordem para o dia seguinte, dizendo que a menina deveria repetir a tarefa do dia anterior e , além disso, separar as sementes de papoula. Quando retornou à noite ficou muito brava, mas chamou as mãos dos esqueletos e mandou que extraíssem o óleo das sementes de papoula.
Enquanto a Baba-Iága jantava, Vassilissa ficou por perto , silenciosa. A bruxa perguntou: por que você está olhando sem dizer nada? Você é muda?
A menina respondeu: “se pudesse, gostaria de lhe fazer umas perguntas”.
Pergunte, disse a bruxa, mas lembre-se, nem todas as perguntas são boas. Saber demais envelhece.!
Vassilissa então perguntou: “gostaria de saber quem é o homem que vi no caminho todo de branco. Quem é ele?”
“Esse é o meu dia luminoso, disse a bruxa.”
Mas passou também um homem todo vestido de vermelho.
“É o meu sol vermelho, disse a bruxa.”
Mas quando cheguei no portão o homem que passou estava todo de negro.
“Essa é a minha noite, o escuro!”
A menina pensou nos três pares de mãos de esqueletos, mas não fez mais perguntas, ficou quieta.
Baba-Iága disse: por que não faz mais perguntas?
A menina respondeu que essas eram suficientes, acrescentando: “você mesma disse, vovó, que perguntar demais envelhece”.
A bruxa replicou: “Você fez bem em perguntar só a respeito do que viu lá fora e não do que viu aqui dentro de casa. Não gosto quando a sujeira é levada para fora. Mas agora eu quero perguntar uma coisa para você: “Como conseguiu fazer todas as tarefas que lhe dei?”
A menina respondeu: “A benção de minha mãe me ajudou”, respondeu a menina. (não falou da boneca).
“Ah!!! Então foi isso? Dê o fora daqui , filha abençoada, eu não preciso de nenhuma benção em minha casa.”
Assim, Baba-Iága pôs a menina para fora de sua casa, empurrando-a pelo portão. Mas, tirou da cerca, uma das caveiras com seus olhos flamejantes, colocou-a num pau e deu para a menina dizendo: “Aqui está o fogo para suas irmãs e sua madrasta, pegue-o e leve-o para casa.”
A menina saiu correndo da casa da bruxa e entrou na floresta somente com a luz da caveira, mas esta extingüiu-se assim que o dia clareou. Ela só chegou em casa na noite seguinte depois de muito caminhar, mas quando chegou perto do portão, pensou em jogar fora a caveira, mas uma voz lhe falou: “Não faça isso, leve-me até sua madrasta.”
Assim fez a menina. Quando entrou com o fogo que se acendera sozinho, os olhos da caveira se fixaram na madrasta e em sua filhas queimando suas almas e perseguindo-as aonde fossem se esconder. Ao amanhecer as três tinham virado cinzas. Só Vassilissa escapou.
A menina enterrou a caveira, fechou a casa e foi para a cidade.
Caminhou bastante e chegando à feira, encontrou uma boa velhinha que estava fiando tecido para a roupa do rei. Ela pediu que lhe ensinasse e a boa velhinha assim o fez. A cada dia a menina fiava melhor e um dia o rei foi até o mercado saber quem estava tecendo aqueles lindos tecidos e conheceu-a.
O rei pediu que ela fosse morar no seu castelo, pois logo apaixonou-se pela bela moça. Ela aceitou, mas com a condição de levar a pobre velha. O rei aceitou.
Os dois casaram e estavam muito felizes, quando o pai da Vassilissa voltou da viagem e estava procurando-a por toda parte até que soube onde ela estava e foi visitá-la. O rei convidou-o a morar com eles e assim, o pai voltou a viver com a filha verdadeira e tão querida!

* * *

O Dragão e a Princesa

Era uma vez um Dragão. Ou melhor, era uma vez um terrível Dragão, todo embolotado, que habitava a tenebrosa caverna negra do Reino das Águas Cantantes.Todos os habitantes do Reino temiam o Dragão, pois como todo Dragão que se preza, este também soltava fogo pelas ventas. O rei buscava heróis que destruíssem a fera pois as colheitas estavam aos poucos sendo destruídas pelas suas labaredas e o reino empobrecia.Por anos a fio o Rei procurou corajosos que exterminassem o ameaçador dragão, com ofertas de luxos e riquezas, mas agora, não havendo mais fortuna para premiar quem acabasse com o terrível dragão, o rei prometia casamento com Marinalva, sua filha predileta.Mas onde é que andavam os heróis? Todos ocupadíssimos, nenhum se interessava pela oferta. Não que a princesa fosse feia, mas tinha um gênio danado! Chegava a ser mais temida do que o dragão. Aliás, não queria se casar com ninguém. Gostava de ser princesa, livre de compromissos, passear em seus cavalos e dar ordem a torto e a direito.A oferta transtornou Belzabum, bruxo particular do rei, que há muito alimentava a pretensão de desposar Marinalva. Casando-se, assumiria o controle das finanças do reino e aumentaria seu poder. Fingia-se de doce apaixonado, mas Marinalva sempre o repudiava, aliás, como fazia com qualquer pretendente. Agora então, estando a princesa prometida para o destemido que enfrentasse o dragão, Belzabum viu suas esperanças transformadas em pó.- Já que Marinalva não pode ser minha esposa, não será mais de ninguém!- gritou Belzabum lançando um terrível feitiço sobre a princesa.Imediatamente, Marinalva sentiu um impulso irresistível de conduzir-se até a caverna do Terrível Dragão. O feitiço começava a fazer efeito.Enquanto isso, o Dragão em sua caverna, reclamava:-How ri! Ri romfry! Vatrsmwiht! Ri dashel! How ri! Tinhr do!!!!Língua de dragão é muito difícil. Só conhece quem também é dragão, mas acho que ele dizia assim:- Como dói! Dói tudo! Deve ser gripe! Ou infarte! A cabeça dói! As costas doem!!!! Como dói!!!Quando ele ouviu ruídos de passos, gritou:- Wir, riyiun??? ( Quem está aí???)Marinalva sentiu o calor. Sua pele tornou-se embolotada de urticária.- Onde estou? Perguntou ela em voz alta.- Riuto mtur yuio!!! (Quem é você?) – perguntou o dragão ao perceber a silhueta de Marinalva surgindo da fumaça.- Uau!!! Quanta luz! Quanta fumaça! – exclamou Marinalva coçando os olhos já vermelhos. A fumaça era tanta que, sem querer, ela pisou na cauda do dragão._O#### w##$***!!!!! – Além destas exclamações, o monstro soltou uma labareda que chamuscou os cabelos da princesa que ficaram arrepiados!- Mas que dragão malcriado! – gritou Marinalva com o dedo em riste em direção do dragão.- Escute aqui, seu fogão de lenha quebrado, que negócio é este de me queimar? Não gostei nem um pouco. Estou uma fera!!!O Dragão não resistiu. Vendo-a de perto, com os cabelos em pé, fumaça saindo pelas orelhas, olhos vermelhos e coberta de pelotas, apaixonou-se perdidamente! Finalmente encontrara um par! Usou sua voz mais doce, soltou uns estalidos, piscou três vezes, e disse:- Howh bjitr etuytr! (Como você é linda!)Neste momento, Marinalva viu-se refletida em uma poça d´água e deu um grito.- AAAARGHH!- Wyrte wiiytrnh pijhg! ( Que voz maviosa!) elogiou o dragão.Envergonhada de sua aparência, a princesa Marinalva não teve mais coragem de sair da caverna do dragão. Este, muito apaixonado, também enclausurou-se para viver um romance com sua amada e com isso, deixou as colheitas em paz. Não se sabe se viveram felizes, mas nunca mais foram vistos por ninguém!!!!!

Os Três Fios de Ouro do Cabelo do Diabo



Um conto dos irmãos Grimm

Era uma vez, uma pobre mulher que teve um filhinho, e porque ele nasceu envolto numa membrana-da-sorte, foi-lhe profetizado que, aos quatorze anos, ele receberia a filha do rei por esposa.
Pouco tempo depois, o rei chegou à aldeia , e ninguém sabia que ele era o rei. Quando ele preguntou às pessoas o que havia de novo por ali, elas responderam:
- Um dia destes, uma mulher deu à luz uma criança empelicada. Qualquer coisa que uma criança dessas empreender, sempre dará certo e lhe trará sorte. E também foi profetizado, que, aos quatorze anos, ele receberia a filha do rei como esposa.
O rei, que tinha o coração perverso, ficou irritado com essa profecia , foi até aos pais , fingindo muita bondade, e disse:
- Pobre gente que vocês são, já têm tantos filhos que podem me entregar esse para que eu cuide dele.
No começo os pais recusaram, mas como aquele homem estranho lhes oferecia grande soma em dinheiro, eles pensaram: - “Nosso filho é uma criança-de-sorte, isso deve ser para o seu bem”, e concordaram de entregar o filho ao homem.
O rei colocou-o dentro de uma caixinha e saiu cavalgando com ele, até chegar a uma água bem funda. Então, jogou a caixa na água, pensando: “Deste pretendente minha filha está livre!”
Mas a caixinha não afundou, flutuou como um barquinho, sem deixar passar para o bebê nem uma gota de água. Assim, foi navegando até bem longe do reino, onde havia um moínho, em cuja barragem ficou presa. Um aprendiz de moleiro, que por sorte estava por ali e viu a caixa, puxou-a para fora com um gancho, pensando que encontrara algum tesouro. Quando ele olhou na caixa, viu um lindo menino dentro dela, muito bem disposto. Então, levou-o ao casal de moleiros, e como eles não tinham filhos, ficaram muito contentes e disseram:
- Deus nos mandou um presente.
Eles cuidaram bem da criança e ele cresceu e se criou com muito caráter e sempre ajudando os pais.
Aconteceu que, num dia de tempestade, o rei entrou no moínho para esperar a tempestade passar e viu o rapaz. Perguntou aos moleiros se era seu filho.
- Não, responderam eles, ele é um enjeitado. Há quatorze anos ele chegou aqui na barragem dentro de uma caixa, nosso aprendiz o tirou da água e nós o criamos como filho.
Neste momento o rei teve certeza que era a criança que jogara na água, ele disse:
- Minha boa gente, será que este rapaz poderia levar uma carta para a raínha? Eu lhe darei duas moedas de ouro como pagamento.
Os moleiros, submissos, responderam, como o senhor rei ordenar e mandaram o rapaz se preparar.
O rei escreveu uma carta à rainha, na qual dizia: “Assim que este rapaz, portador desta carta, chegar, ele deverá ser morto e enterrado, isso deverá ser feito antes da minha volta”.
O rapaz Pôs-se a caminho com a carta no alforge, mas perdeu-se e chegou ao anoitecer numa floresta. Wle viu uma pequena luz ao longe e dirigiu-se para lá, era uma casinha pequena. Ele entrou, porque a porta estava aberta, e, lá dentro viu uma velha sentada junto ao fogo. Ela assustou-se e perguntou:
- De onde você vem e para onde você quer ir?
- Venho do moínho, disse ele, vou procurar a senhora raínha , a quem devo entregar uma carta. Porém, como me perdi na floresta, gostaria de passar a noite aqui.
- Pobre garoto, disse a velha, você veio parar numa casa de salteadores. Quando eles voltarem vão matá-lo.
- Pode vir quem quiser, disse o rapaz, eu não tenho medo. Estou tão cansado e não posso mais andar. Ele se espichou num banco e adormeceu.
Logo depois dele ter dormido chegaram os salteadores e perguntaram , furiosos, quem era o estranho deitado alí e dormindo?
- Ora, disse a velha, é apenas um inocente que se perdeu ma floresta e eu deixei que ficasse aqui para descansar, porque ele vai levar uma carta para a raínha.
Os salteadores foram no alforge do rapaz e pegaram a carta e leram o que estava escrito. Então, eles sentiram dó do rapaz e escrveram outra carta, dizendo que assim que o rapaz chegasse , devia casar com a princesa , filha do rei.
Pela manhã o rapaz agradeceu e seguiu viagem sem saber que as cartas foram trocadas do seu alforge.
Quando chegou ao ´palácio deu a carta à raínha que a leu e fez o que rei ordenava. Mandou preparar uma grandiosa festa de casamento e a princesa casou-se com o rapaz filho-da-sorte.Ela gostou porque o rapaz era belo e educado.
Passado algum tempo, o rei voltou e viu que sua filha estava casado com o rapaz que ele mandara matar.
Chamou a raínha e perguntou: - Como foi que isso aconteceu? Eu dei outra ordem na carta que mandei.
Porém, a raínha lhe mostrou a carta que recebera e disse que ele podia ler o que estava escrito. O rei leu e logo percebeu que a carta havia sido trocada. Chamou o rapaz e perguntou o que acontecera com a outra carta que ele lhe entregara.
Eu não sei de nada disse o rapaz. Só se foi trocada na noite que dormi na floresta.
Raivoso o rei falou:
- Isto não vai ficar assim. Quem quiser a minha filha , terá de trazer-me do inferno, três fios de ouro da cabeça do diabo.Se você conseguir ficará com a princesa.
O rei esperava livrar-se de vez do rapaz, mas o filho-da-sorte respondeu: - Vou buscar os cabelos de ouro. Não tenho medo do diabo.
Dizendo isso, o rapaz despediu-se da princesa e começou sua busca.
O caminho levou-o a grande cidade , onde o guarda do portão lhe perguntou qual era o seu ofício e o que ele sabia .
- Eu sei tudo, - respondeu o filho-da-sorte.
- Então, você pode fazer-nos um favor, - disse o guarda, explicando-nos por que o poço da nossa praça do mercado, que sempre fez brotar vinho , agora está seco e não nos dá nem água.
- Isso vocês vão saber quando eu voltar. Esperem por mim.
O rapaz continuou seu caminho e chegou a outra grande cidade. Lá os guardas do portão também lhe perguntaram qual era o seu ofício e o que ele sabia.
- Eu sei tudo, - respondeu o filho-da-sorte.
- Então, você poderá fazer-nos um favor, explicando-nos por que razão uma árvore que temos nesta cidade, que sempre deu maçãs de ouro, agora não nascem nem mesmo folhas.
- Isso vocês ficarão sabendo quando eu voltar. Esperem por mim. E continuou seu caminho, até que chegou a um grande rio que precisava atravessar. O barqueiro perguntou-lhe por que ele sempre tinha que ir e vir e nunca podia se libertar do barco.
- Isso você ficará sabendo quando eu voltar. Esper por mim.
- Atravessou o rio com o barqueiro e encontrou a entrada do inferno. Lá dentro estava tudo escuro e o diabo não se encontrava em casa, mas para sua surpresa a sua avó estava sentada numa grande poltrona e lhe perguntou quando o viu.
- O que você quer? – perguntou ela mansamente e com bondade.
- Eu gostaria de ter três fios de ouro da cabeça do diabo, senão perderei minha esposa.
- Isso é querer muito, - disse ela. Quando o diabo voltar e o encontrar aqui, você vai se dar mal. Mas tenho dó de você e vou tentar ajudá-lo.
Então, ela o transformou em formiga e disse:
- Esconda-se na barra da minha saia, você ficará seguro.
- Sim, disse ele, isto já é bom, mas eu gostaria de saber três coisas também: por que o poço que dava vinho não dá mais; por que a árvore que dava maçãs de ouro também está seca e por que o barqueiro tem sempre de estar indo e vindo, sem nunca poder se libertar?
Essas são perguntas difíceis, mas fique bem quieto e preste atenção no que o diabo disser quando eu lhe arrancar os três cabelos de ouro.
Quando anoiteceu, o diabo chegou em casa e percebeu cheiro de carne humana. Espiou por todos os lados , mas nada encontrou. A avó brigou com elepor ter desarrumado toda a casa e mandou que sentasse para jantar.
Depois de comer muito e beber o diabo pediu que a avó catasse seus piolhos. Não demorou muito e ele adormeceu. A velha aproveitou e puxou um fio do cabelo e guardou no bolso do avental.
- Ai! Gritou o diabo, - o que está fazendo?
- Tive um mal sonho e me agarrei nos seus cabelos.
- O que foi que sonhou?
- Sonhei que um poço de uma cidade que dava vinho secou. Por que será?
- Ah, se eles soubessem que é um sapo que está escondido no fundo eles o matariam e voltavam a ter vinho.
A avó continuou catando os piolhos até que ele dormiu novamente e ela arrancou outro fio de cabelo e colocou no bolso do avental.
- Ui! O que está fazendo agora? Gritou ele zangado.
- Meu neto, tive outro sonho estranho.
- E o que você snhou?
- Sonhei que num certo reino, havia uma árvore que dava maçãs de ouro e agora não dá nem folhas.
- Se eles soubessem! – disse o diabo. É um rato que está roendo a raiz da árvore e se o matarem tudo voltará a ser como antes. Mas vovó se me acordar de novo dou-lhe um bofetão!
- A avó acalmou-o, catou-lhe mais piolhos e ele voltou a dormir. Aí ela arrancou o terceiro fio de cabelo e colocou no bolso. O diabo deu um pulo do seu colo berrou que ia fazer e acontecer, mas ela pediu desculpas pois tinha tido outro sonho esquisito.
- Qual foi o sonho desta vez?
- Bem, sonhei com um barqueiro que reclamava de viver indo e vindo sem poder se libertar.
- Ora, o bobalhão tem que aproveitar quando vier alguém andar no seu barco ele aproveita e dá o remo na mão da pessoa e ele ficará livre pulando na margem.
Como a avó já conseguira arrancar os três fios de cabelo e sabido as respostas às três perguntas, ela deixou-o dormir sossegado.
Pela manhã quando o diabo saiu para fazer suas maldades, a velha tirou a formiga da barra da saia e fez o rapaz voltar a sua forma humana.
- Aqui tem três fios do cabelo de ouro do diabo e as respostas você deve ter ouvido.
- Sim, respondeu o rapaz, escutei tudo e não me esquecerei.
Ele agradeceu muito a velha avó pela ajuda, e saiu do inferno, bastante contente por ter tanta sorte. Quando chegou à margem o barqueiro logo perguntou se ele tinha alguma resposta.
- leve-me primeiro para a outra margem e vou lhe dizer como você poderá se libertar.
Quando desceu do barco disse ao barqueiro como se livrar. Era só colocar o remo na mão de quem estivesse no barco.
Ele continuou seu caminho de volta e chegou na cidade da árvore e disse : Matem um rato que rói a raiz da árvore e tudo voltará a ser como antes. O guarda lhe agradeceu e deram-lhe de recompensa dois burros carregados de ouro.
Ele andou mais e chegou na cidade do poço. Disse ao guarda que matassem o sapo que havia no fundo e teriam vinho novamente.O guarda agradecido lhe deu mais dois burros carregados de ouro.
Finalmente o filho-da-sorte chegou ao palácio e pode encontrar sua mulher que o esperava e ficou muito feliz dele ter conseguido trazer os três fios de ouro do cabelo do diabo.
Ele entregou os três fios ao rei e quando o rei viu os quatro burros cheios de ouro, ficou muito contente e disse que ele podia ficar casado com sua filha. Porém, disse o rei, quero que você me diga de onde vem todo este ouro?
- Bem, disse o rapaz, atravessei o rio e peguei o ouro ali, na margem.
- Será que eu também posso ir buscar um pouco deste ouro? Perguntou o rei ambicioso.
- Quando o senhor quiser, respondeu o rapaz. Há um barqueiro que vai levá-lo para a outra margem, onde poderá encher muitos sacos de ouro.
O rei ganancioso resolveu partir sozinho e com pressa. Chegou e viu o barqueiro pedindo para atravessá-lo. O barqueiro quando chegou na outra margem pegou o remo e colocou na mão do rei e pulou rápido para a margem. E o rei, desde então, virou barqueiro indo e vindo de lá pra cá e de cá pra lá.

* * *

Muçá Muçá - 8H MMN

-----

-Era uma vez uma floresta, onde viviam muitos animais.
Um dia apareceu uma frutinha nova, que ninguém conhecia, na árvore mais alta daquele lugar.
Todos queriam comer, mas não sabiam seu nome, e se ela era boa ou venenosa. Eles sabiam que naquela floresta havia frutas boas, que podiam comer, mas havia outras coisas venenosas, lindas para enganar os bobos:
Então, os animais se reuniram e decidiram escolher um deles para ir lá no céu e perguntar a Papai-do-Céu o nome da fruta: se fosse maçã, banana, abacate, laranja, ou outra frutinha boa, todos poderiam comer bastante, pois a árvore estava cheia! Todos ficaram muito animados...Todos?
Menos a bruxa, que escutava com muita raiva aquela combinação toda. Aquela frutinha era só dela, e não ia dividir com ninguém! Já tinha até um plano...
Primeiro foi a vez do pássaro verde, que abriu rápido as asas, voou lá no alto, e logo chegou à casa de Papai-do-Céu. Perguntou o nome da frutinha que se chamava muçá, e voltou todo contente cantando a música da frutinha que era boa:
- Muçá, muçá, muçá, muçá gambira, muçá uê.
Mas, a bruxa ciumenta da frutinha inventou uma música com o nome de uma fruta venenosa, para enganar o0 pássaro verde:
- Munga selenga engambela, munga selenga vininim!
E o pássaro verde voltou cantando atrapalhado:
- Mungá, mungá... ih! esqueci!
Aí foi a vez do coelho, que disparou pelas montanhas e logo chegou lá no céu. Mas, este a bruxa também enganou.
Então foi o Jacaré, que disparou pela cachoeira e logo chegou, mas a bruxa enganou até o jacaré.
Depois foi o Gamba, mas a bruxa esperta também atrapalhou sua cantoria com aquele:
- Munga selenga engambela, munga selenga vininim!
O sapo também tentou, e com seu salto muito alto chegou rapidinho lá no céu. Voltou cantando a música da frutinha que era boa:
- Muçá, muçá, muçá, muçá gambira, muçá uê.
Mas a bruxa também atrapalhou as idéias do sapo, com sua música encantada de fruta venenosa. E o sapo cantou:
- Mungá, mungá... ih! esqueci!
Quase todos já tinham ido, quando olharam desanimados para o único animal que ainda não tinha tentado:
- Ah! A tartaruga é muito mole! Quando voltar, todas as frutinhas já terão apodrecido!
- Ando devagar, mas sou muito esperta. Onde todos vocês falharam, eu vou vencer, e vou trazer o nome verdadeiro da frutinha para sabermos se podemos comer.
E lá se foi a tartaruga, bem devagarinho, bem devagarinho, até que um dia chegou ao céu, como todos os outros. Aprendeu a música da frutinha boa e voltou cantando a seu jeito, também muito devagarinho:
- Mu...çá..., mu...çá..., mu...çá..., mu...çá... gam...bi...ra..., mu...çá... uê...
A bruxa cantava bem rapidinho:
- Munga selenga engambela,
munga selenga vininim!
Mas a tartaruga continuava:
- Mu...çá..., mu...çá..., mu...çá..., mu...çá... gam...bi...ra..., mu...çá... uê...

--

A bruxa foi ficando com tanto sono... e pensou: vou dormir só um pouquinho aqui na minha vassoura, e logo vou atrapalhar essa tartaruga molenga. E começou a roncar.
Enquanto isso, os outros animais esperavam muito desanimados lá embaixo.
A tartaruga continuou, bem devagarinho, bem devagarinho, e foi chegando... chegando... e chegou!
E contou prá toda a bicharada a música da frutinha boa, que todos aprenderam rapidinho!
Combinaram comer todas as frutinhas e não deixar nenhuma prá bruxa malvada, que roncava alto.
Quando a bruxa acordou e viu a árvore toda peladinha, ficou uma fera! Olhou feio para a bicharada lá em baixo e...
Todo mundo apontava para ela e caía na gargalhada!
Quem já não estava mais comendo, cantava:
- A tartaruga enganou a bruxa!
- A tartaruga enganou a bruxa!
A bruxa ficou tão envergonhada, que voou na sua vassoura para longe daquela floresta, e nunca mais voltou!
... E todos ficaram felizes naquele lugar.
Com eles aprendemos que somos todos diferentes uns dos outros e que, mesmo aquela diferença cretina que a gente detesta carregar pode ser a razão da vitória de todos nós, no momento certo.

--

Texto enviado por Érika Rodrigues.

* * *

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

O Corpo Feminino

Paulo Coelho

Não importa o quanto pesa.
É fascinante tocar, abraçar e acariciar ocorpo de uma mulher.
Saber seu peso não nos proporciona nenhuma emoção.
Não temos a menor idéia de qual seja seu manequim.
Nossa avaliação é visual, isso quer dizer,
se tem forma de guitarra... está bem.
Não nosimporta quanto medem em centímetros
- é uma questão de proporções, nãode medidas.
As proporções ideais do corpo de uma mulher são: curvilíneas, cheinhas, femininas....
Essa classe de corpo que, sem dúvida, se nota numa fração de segundo.
As magrinhas que desfilam nas passarelas,
seguem a tendência desenhada por estilistas que,
diga-se de passagem, são todos gays e odeiam as mulheres e com elas competem.
Suas modas
são retas e sem formas e agridem o corpo que eles odeiam porque não
podem tê-los.·Não há beleza mais irresistível na mulher
do que a feminilidade e adoçura. A elegância e o bom trato,
são equivalentes a mil viagras.
·A maquiagem foi inventada para que as mulheres a usem.
Usem! Para
andar de cara lavada, basta a nossa.
Os cabelos, quanto mais tratados, melhor.
·As saias foram inventadas para mostrar suas magníficas pernas...
Porque razão as cobrem com calças longas?
Para que as confundam conosco?
Uma onda é uma onda, as cadeiras são cadeiras e pronto.
Se a natureza lhes deu estas formas curvilíneas,
foi por alguma razão e eu reitero: nós gostamos assim.
Ocultar essas formas, é como ter o melhor sofá embalado no sótão.
·É essa a lei da natureza... que todo aquele que se casa com
uma modelo magra, anoréxica, bulêmica e nervosa logo procura
uma amante cheinha, simpática, tranquila e cheia de saúde.
·Entendam de uma vez! Tratem de agradar a nós e
não a vocês. porque,nunca terão uma referência objetiva,
do quanto são lindas, dita poruma mulher.
Nenhuma mulher vai reconhecer jamais,
diante de um homem, com sinceridade, que outra mulher é linda.
As jovens são lindas... mas as de 40 para cima,
são verdadeiros pratos fortes.
Por tantas delas somos capazes de atravessar o atlântico anado.
O corpo muda... cresce. Não podem pensar,
sem ficarem psicóticas que podem entrar no mesmo vestido que usavam aos 18.
Entretanto uma mulher de 45, na qual entre na roupa que usou aos 18 anos,
ou tem problemas de desenvolvimento ou
está se auto-destruindo. Nós gostamos das mulheres que sabem
conduzir sua vida com equilíbrio esabem controlar sua natural tendência a culpas.
Ou seja, aquela quequando tem que comer,
come com vontade (a dieta virá em setembro, não antes;
quando tem que fazer dieta, faz dieta com vontade
(sem sabotagem e sem sofrer); quando tem que ter intimidade com o parceiro,
tem com vontade; quando tem que comprar algo que goste,
compra; quando tem que economizar, economiza.
Algumas linhas no rosto, algumas cicatrizes no ventre,
algumas marcasde estrias não lhes tira a beleza.
formol' nem emspa... viveram! O corpo da mulher é a prova de que Deus existe.
É o sagrado recinto da gestação de todos os homens,
onde foram alimentados, ninados e nós, sem querer,
as enchemos de estrias, de cesárias e demais coisas
que tiveram que acontecer para estarmos vivos.
Cuidem-no!


Cuidem-se!


Amem-se!


A beleza é tudo isto.


* * *

Piada

Em uma cidadezinha do interior havia um abacateiro carregado dentro do cemitério.
Dois amigos decidiram entrar lá à noite
(quando não havia vigilância) e pegar todos os abacates.
Eles pularam o muro, subiram a árvore com as sacolas penduradas no ombro
e começaram a distribuir o 'prêmio'. Um pra mim, um pra você.
Um pra mim, um pra você. Pô, você deixou dois caírem
do lado de fora do muro! Não faz mal, depois que a gente
terminar aqui pegamos os outros dois. Então tá bom, mais um pra mim,
um pra você. Um bêbado, passando do lado de fora do cemitério,
escutou esse negócio de 'um pra mim e um pra você' e saiu correndo para a delegacia.
Chegando lá, virou para o policial:
- Seu guarda, vem comigo!
Deus e o diabo estão no cemitério dividindo as almas dos mortos!
- Ah, cala a boca bêbado.
- Juro que é verdade, vem comigo.
Os dois foram até o cemitério,
chegaram perto do muro e começaram a escutar...
- Um para mim, um para você...
O guarda assustado:
- É verdade! É o dia do apocalipse!
Eles estão dividindo as almas dos mortos!
O que será que vem depois?
- Um para mim, um para você.
Pronto,acabamos aqui. E agora?
- Agora a gente vai lá fora e
pega os dois que estão
do outro lado do muro...
Cooooooooooooooorrre...
* * *

Filosofia Oriental

Quem já experimentou a técnica do Reiki,
conhece os benefícios dessa incrível técnica...
Só por hoje...
Não sinta raiva e nem fique zangado
Só por hoje...
Abandone as preocupações
Só por hoje...
Agradeça as Bençãos recebidas
Só por hoje...
Faça seu trabalho honestamente
Só por hoje...
Seja gentil com o próximo e com todos os seres
vivos de todos os mundos
Paz e Benção.

Enviado por Érika Rodrigues,

* * *

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

O Mundo sem Mulheres!

Arnaldo Jabour
O cara faz um esforço desgraçado para ficar rico pra quê?
O sujeito quer ficar famoso pra quê?
O indivíduo malha, faz exercícios pra quê?
A verdade é que é a mulher o objetivo do homem.
Tudo que eu quis dizer é que o homem vive em função da mulher.
Vivem e pensam em mulher o dia inteiro, a vida inteira.
Se a mulher não existisse, o mundo não teria ido pra frente.
Homem algum iria fazer alguma coisa na vida para impressionar outro homem,para conquistar sujeito igual a ele, de bigode e tudo.
Um mundo só de homens seria o grande erro da criação.
Já dizia a velha frase que 'atrás de todo homem bem-sucedido existe uma grande mulher'.
O dito está envelhecido. Hoje eu diria que 'na frente de todo homembem-sucedidoexiste uma grande mulher'.
É você, mulher, quem impulsiona o mundo.
É você quem tem o poder, e não o homem.
É você quem decide a compra do apartamento, a cor do carro,
o filme a ser visto, o local das férias.
Bendita a hora em que você saiu da cozinha e, bem-sucedida,
ficou na frente de todos os homens.
E, se você que está lendo isto aqui for um homem,
tente imaginar a sua vida sem nenhuma mulher.
Aí na sua casa, onde você trabalha, na rua. Só homens.
Já pensou?
Um casamento sem noiva?
Um mundo sem sogras?
Bom isso deixa pra lá.
Enfim, um mundo sem metas.

--------
--

ALGUNS MOTIVOS PELOS QUAIS OS HOMENS GOSTAM TANTO DE MULHERES:

1- O cheirinho delas é sempre gostoso,
mesmo que seja só xampu.
2- O jeitinho que elas têm de sempre encontrar o lugarzinho
certo em nosso ombro, nosso peito.
3- A facilidade com a qual cabem em nossos braços.
4- O jeito que tem de nos beijar e, de repente, fazer o mundo ficar perfeito.
5- Como são encantadoras quando comem.
6- Elas levam horas para se vestir, mas no final vale a pena.
7- Porque estão sempre quentinhas, mesmo que esteja
fazendo trinta graus abaixo de zero lá fora.
8- Como sempre ficam bonitas, mesmo de jeans com camiseta e rabo-de-cavalo.
9- Aquele jeitinho sutil de pedir um elogio.
10- O modo que tem de sempre encontrar a nossa mão.
11- O brilho nos olhos quando sorriem.
12- O jeito que tem de dizer 'Não vamos brigar mais, não..'
13- A ternura com que nos beijam quando lhes fazemos uma delicadeza.
14- O modo de nos beijarem quando dizemos 'eu te amo'.
15- Pensando bem, só o modo de nos beijarem já basta.
16- O modo que têm de se atirar em nossos braços quando choram.
17- O fato de nos darem um tapa achando que vai doer.
18- O jeitinho de dizerem 'estou com saudades'.
19- As saudades que sentimos delas.
20- A maneira que suas lágrimas tem de nos fazer querer mudar
o mundo para que mais nada lhes cause dor.

21- HOMENS GRÁVIDOS...IMAGINEMMMMMMMMMM


-
Mensagem enviada por
Geanne Amorim

* * *

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Caçando Porcos Selvagens

- Você se sente um porco selvagem ???
Então lute para não ser caçado....
Você sabe como capturar porcos selvagens?
Havia um professor de química em um grande colégio com
alunos de intercâmbio em sua turma.
Um dia, enquanto a turma estava no laboratório,
o professor notou um jovem do intercâmbio que continuamente
coçava as costas e se esticava como se elas doessem.
O professor perguntou ao jovem qual era o problema.
O aluno respondeu que tinha uma bala alojada nas costas
pois tinha sido alvejado enquanto lutava contra os comunistas de seu
país nativo que estavam tentando derrubar seu governo e
instalar um novo regime, um "outro mundo possível".
No meio da sua história ele olhou para o professor e fez uma
estranha pergunta:
- O senhor sabe como se capturam porcos selvagens?
O professor achou que se tratava de uma piada e
esperava uma resposta engraçada.
O jovem disse que não era piada.
- Você captura porcos selvagens encontrando um lugar adequado
na floresta e colocando algum milho no chão
. Os porcos vêm todos os dias comer omilho gratuito.
Quando eles se acostumam a vir todos os dias,
você coloca uma cerca mas só em um lado.
Quando eles se acostumam com a cerca,
voltam a comer o milho e você coloca um outro lado da cerca.
Mais uma vez eles se acostumam e voltam a comer.
Você continua desse jeito até colocar os quatro lados
da cerca em volta deles com uma porta no último lado.
Os porcos, que já se acostumaram ao milho fácil e às cercas,
começam a vir sozinhos pela entrada. Você então fecha a porteira e
captura o grupo todo. Assim, em um segundo,
os porcos perdem sua liberdade. Eles ficam correndo e
dando voltas dentro da cerca, mas já foram pegos.
Logo, voltam a comer o milho fácil e gratuito.
- Eles ficaram tão acostumados que esqueceram como caçar na floresta,
e por isso aceitam a servidão.
O jovem então disse ao professor que era exatamente isso que ele
via acontecer no seu país.
O governo ficava empurrando-os
para o comunismo e o
socialismo e espalhando o milho gratuito
na forma de programas de auxílio de renda, bolsas isso e aquilo,
impostos variados, estatutos de "proteção",
cotas para estes e aqueles,
subsídio para todo tipo de coisa,
pagamentos para não plantar,
programas de "bem-estar social",
medicina e medicamentos "gratuitos",
sempre e sempre novas leis, etc,
tudo ao custo da perda contínua das liberdades,
....migalha a migalha.
Devemos sempre lembrar que
"Não existe esse negócio de almoço grátis" e
também que "não é possível alguém prestar um serviço
mais barato do queseria se você mesmo o fizesse".
* * *

* * *
Esta "História" foi enviada pelo Contadora de Histórias
Jussara Santos.

* * *

Parábola do Aquário

Era uma vez um aquário onde viviam peixes grandes, médios e pequenos. Ali imperava a lei do mais forte. Os alimentos atirados pelo Criador eram disputados.Primeiro comiam os maiores. O que sobrava destes era devorado pelos médios. E o que sobrava dos médios era devorado pelos pequenos. Na falta de outro alimento, os grandes devoravam os médios e estes, por sua vez, devoravam os pequenos. Ora, havia um peixinho muito pequenino, que morava no fundo do aquário, onde estava a salvo da fome e da gula dos demais. Ali, naquelas profundezas, poucas vezes caía algum alimento. Mas, o peixinho, ao invés de maldizer a sorte, enganava a fome distraindo-se a
contemplar os desenhos dos azulejos, as plantinhas, a areia branca eas pedrinhas brilhantes que enfeitavam o fundo do aquário. Um belo dia, o peixinho descobriu um ralo, por onde saía a água do aquário. Admirado, exclamou: "Ué! Então este aquário não é tudo?
Existe outro lugar onde se pode viver? Para onde irá essa água que não pára de correr?
E, o peixinho, curioso, tentou passar pelo ralo. Como os vãos fossem muito estreitos,
ele se dispôs a fazer sacrifícios e emagrecer até passar para o outro lado.
Foi assim que, dias mais tarde, bem mais magro e ainda assim perdendo
algumas escamas na travessia, ele conseguiu seu intento. E foi assim que ele conheceu, pela primeira vez na vida, o que é a água corrente. - Uma delícia! Uma maravilha!
o peixinho até uma enxurrada... Na enxurrada, mais água ainda.
E a correnteza mais forte. Não era preciso nadar.
Bastava soltar o corpo. Que maravilha! Quantos peixinhos livres!
Quantos barquinhos de papel! E o sol??? Que coisa linda! E aqueles bobos,
lá no aquário, pensando que aquilo fosse tudo, aquela água suja e parada.
Coitados!!! E a enxurrada levou o peixinho a um riacho.
E o peixinho nunca pudera imaginar tanta água de uma vez.
Nunca vira crianças nadando. Nunca vira mulheres lavando roupa e cantando.
Nunca pudera ver tantas plantas, tantas flores, tanta beleza junta!
E julgou que estivesse delirando. Quanta comida, quanta água,
quanto lugar onde viver em paz, quanta felicidade para todos! Ah!
Aqueles pobres peixes lá no aquário ... se vissem tudo isto! E o riacho levou
o peixinho até o rio. Não. Não é possível! Isto não existe!
Olha quanta água! Parece não ter fim. Quanta comida! Quanto sol,
quanta luz, quanta beleza! E foi assim, extasiado, maravilhado, deslumbrado,
quase não acreditando em seus próprios olhos, que o peixinho,
levado pelo grande rio, chegou enfim ao mar. Ali, diante daquele infinito de águas, de alimentos, de luz, de cores, de plantas, de um mundo de coisas maravilhosas, diante daquela majestade toda, o peixinho chorou. Chorou comovido, agradecido,
porque a alegria era tanta que não cabia dentro de si. E chorou, sobretudo,
de pena de seus coleguinhas, grandes e pequenos, que haviam ficado lá no aquário,
naquelas águas poluídas, escuras, pardas, espremidos, pensando viver no melhor dos mundos.
E o peixinho, então resolveu voltar e contar a boa nova a todos.
E o peixinho voltou. Do mar para o rio (sacrifício, porque agora a
viagem era contra a correnteza).
Ele nadou para o riacho, para a enxurrada e da enxurrada para o rego e
do rego para o fundo do aquário. E atravessou o ralo de volta...
Desse dia em diante, começou a circular pelo aquário um boato de que
havia um peixinho contando coisas mirabolantes, falando de um lugar muito melhor
para viver, um lugar de amor e paz, um lugar de fartura infinita,
onde ninguém precisa fazer sacrifício, nem se devorar uns aos outros.
E todos acorreram ao fundo do aquário para saber da novidade.
Os grandes, os médios, os pequenos, todos os peixes queriam saber o que era preciso
fazer para chegar a esse mundo maravilhoso...
E o peixinho, mostrando-lhes o ralo, explicou, que para chegar ao outro mundo,
era preciso algum sacrifício, pois a passagem era realmente estreita.
Segundo o tamanho, uns teriam de sacrificar-se mais, outros menos.
E os peixes pequenos passaram, a seguir, a escutar o peixinho,
enquanto os médios e os grandes, sobretudo, consideravam-no maluco,
um visionário. Onde já se viu? Impossível passar por aquele vãozinho tão estreito!
Só um louco mesmo! E a história do peixinho se alastrou.
De tal maneira se alastrou e pegou, que modificou a vida no aquário e
perturbou o sossego dos peixes grandes e médios,
que estes acabaram por matar o peixinho para acabar com aquelas besteiras.
Mas o peixinho não morreu. Continuou vivendo, pois sua mensagem imortal,
passava de geração em geração... Até hoje, a história do peixinho é
lembrada no aquário. Até hoje, há os que crêem. E até hoje há os passam pelo ralo e os que jamais conseguirão fazê-lo, porque, quanto maior e poderoso, tanto maior será o sacrifício exigido.
E por isso está escrito:
"EM VERDADE, EM VERDADE VOS DIGO: É MAIS FÁCIL UM CAMELO PASSAR PELO FUNDO DE UMA AGULHA DO QUE OS RICOS ENTRAREM NO REINO DE DEUS".

História enviada por Denise Tiseu
Contadora de Histórias

* * *

domingo, 24 de janeiro de 2010

O Mosquito e a Vaca - 7H - MMN

O dia era de calor insuportável e por isso a Vaca procurava descansar à sombra reconfortante de uma árvore frondosa. Mas não conseguia fazê-lo em paz porque um Mosquito não lhe dava sossego, atormentando-a com o zumbido de seu vôo e a ardência que suas picadas provocavam. Irritada com o incômodo que o pequeno inseto lhe causava, a Vaca mugiu ameaçadora:
- Some daqui, bicho insuportável! Vai-te para longe, miserável!...
O Mosquito não gostou da forma encolerizada como fora tratado, e por isso revi-dou com
atrevimento.
- Se estás pensando que tua condição de Vaca não vai me amedrontar, estás redondamente enganada. Caso não saibas, outros animais de tamanho bem maior que o teu não conseguem me assustar, e já que é assim, prepara-te, porque a guerra entre nós dois vai começar agora.
E dizendo isso se atirou com raiva sobre a perna da vaca, procurando depois sua barriga, em seguida o focinho, o dorso e outras partes onde o pêlo do adversário era mais ralo, e nos lugares em que pousava tratava logo de perfurar-lhe a pele com seu bico em forma de agulha, longo e afiado. Isso foi enfurecendo cada vez mais a poderosa vaca porque esta sentia a dor da picada, mas não conseguia avistar o Mosquito, e por esse motivo os olhos da fera passaram a faiscar de raiva, da boca lhe brotou a espuma da cólera, seu rabo passou a chicotear o ar em todas as direções, enquanto as patas batiam com violência em seu próprio corpo, aqui, ali e acolá, inclusive cortando-lhe a pele e fazendo-a sangrar. E assim ficou ela se contorcendo violentamente durante vários minutos, até que, completamente esgotada, estirou-se no solo, totalmente indefesa.
Vendo isso o mosquito se encheu de orgulho, sentindo-se glorioso, triunfante, invencível. E lançando a Vaca prostrada um olhar de profundo desdém, partiu em vôo cantado disposto a anunciar a todos a grande vitória conquistada. Mas nem bem saiu do lugar e sua carreira foi interrompida por uma teia de aranha quase invisível, onde ele ficou agarrado. Onde está até hoje.
-
-------
Gente a nossa história começou assim...Uma fadinha nos deu a ídeia de contarmos a História do Mosquito e a Vaca. Já que não tinhamos roupa de Leão e assim foi...As fotos acima são das crianças da Pastoral da Criança.

Agradecimento especial a Adelson Lima e Carolina Viana que nos apoioaram esta empreitada.
Carolina falou sobre a Dengue, suas consequencias e prevenção.
* * *

* * *
Fábula adaptada por Nice Baêta
baseada na história de La Fontaine
Leão e o Mosquito.

* * *

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Dicas de Livros

Dica de livros para ler e presentear:

O Dom da História, de Clarice Pínkola Éstes
A Arte de Ler e Contar Histórias, de Malba Tahan
Contos Plausíveis, de Carlos Drummond de Andrade
Mulheres que Correm com Lobos, de Clarice Pínkola Éstes
O Retrato de Dorian Gray, de Oscar Wilde
Espelhos, de Eduardo Galeano
O Livro dos Abraços, de Eduardo Galeano.


"Nesta vida, pode-se aprender três coisas de uma criança: estar sempre alegre, nunca ficar inativo e chorar com força por tudo o que se quer." [Paulo Leminski]

* * *

E-mail enviada por Erica Rodrigues - valeu.

* * *

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

A Revolução da Alma - Aristóletes


Aristóteles, , filósofo grego, escreveu este texto "Revolução da Alma" no ano 360 a.c., e é eterno.
Ninguém é dono da sua felicidade, por isso não entregue sua alegria, sua paz sua vida nas mãos de ninguém, absolutamente ninguém. Somos livres, não pertencemos a ninguém e não podemos querer ser donos dos desejos, da vontade ou dos sonhos de quem quer que seja.
A razão da sua vida é você mesmo. A tua paz interior é a tua meta de vida, quando sentires um vazio na alma, quando acreditares que ainda está faltando algo, mesmo tendo tudo, remete teu pensamento para os teus desejos mais íntimos e busque a divindade que existe em você. Pare de colocar sua felicidade cada dia mais distante de você.
Não coloque o objetivo longe demais de suas mãos, abrace os que estão ao seu alcance hoje. Se andas desesperado por problemas financeiros, amorosos, ou de relacionamentos familiares, busca em teu interior a resposta para acalmar-te, você é reflexo do que pensas diariamente. Pare de pensar mal de você mesmo (a), e seja seu melhor amigo (a) sempre.
Sorrir significa aprovar, aceitar, felicitar. Então abra um sorriso para aprovar o mundo que te quer oferecer o melhor.
Com um sorriso no rosto as pessoas terão as melhores impressões de você, e você estará afirmando para você mesmo que está "pronto" para ser feliz.
Trabalhe, trabalhe muito a seu favor. Pare de esperar a felicidade sem esforços. Pare de exigir das pessoas aquilo que nem você conquistou ainda.
Critique menos, trabalhe mais. E, não se esqueça nunca de agradecer.
Agradeça tudo que está em sua vida nesse momento, inclusive a dor. Nossa compreensão do universo, ainda é muito pequena para julgar o que quer que seja na nossa vida.
A grandeza não consiste em receber honras, mas em merecê-las.
Se você anda repetindo muito: “eu preciso tanto de você” ou, “você é a razão da minha vida”, cuide-se.É lícito afirmar que são prósperos os povos cuja legislação se deve aos filósofos. A inteligência é a insolência educada. Nosso caráter é o resultado de nossa conduta. Egoísmo não é amor, mas sim, uma desvairada paixão por nós próprios. O homem sábio não busca o prazer, mas a libertação das preocupações e sofrimentos. Ser feliz é ser auto-suficiente.. .Seja senhor de sua vontade e escravo da sua consciência.
* * *

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

A Árvore Que Caiu

Roberto de Freitas

E como toda boa história,
Essa assim também começa:
Era uma vez laaaaaaaaaaaaá naaaaaaaaaaa floressssssssssssta do: "Oi,ComoVai?TuboBem?TudoBom!EVocê?TudoBem?TudoBom!EntãoTáBom!....
....EtãoTá,TudoDeBomPraVocê!Ah,PraVocêeProsSeusTambém!AtéMaisVer!....
... Até!ComDeus!Amém,FicaComDeusTambém!Tchau!!!Tchau!!!"
A floresta tinha esse nome, porque lá todos tinham uma mania de se cumprimentar, podiam se encontrar várias vezes no mesmo dia, que se cumprimentavam como se houvesse muito tempo que não se viam:
- Oi, como vai? Tubo bem?
- Tudo bom! E você? Tudo bem?
- Tudo bom!
- Então tá bom!
- Então tá, tudo de bom pra você!
- Ah, pra você e pros seus também!
- Até mais ver!
- Até! Com Deus!
- Amém, fica com Deus também!
- Tchau!!!
- Tchau!!!
Mas, deixando os cumprimentos de lado e chegando na história de fato ... Num belo dia, vinha caindo do céu uma sementinha, vinha caiiiiiiiiiiiiiindo, caiiiiiiiiiiindo, caiiiiiiiiiiiiiiiindo (vinha cainho devagarinho, porque ela era muito levizinha). Até que caiu no chão. Ali ela ficou.E veio sol e veio a chuva. Veio o dia e veio a noite.Veio o sol e veio o dia. Veio a chuva e veio a noite.Aquela sementinha, que era bem pequenininha, começou a crescer, germinou brotou na terra e continuou crescendo. Virou plantinha, nasceu folhinha e continuou crescendo. Tomou jeito de árvorizinha e continuou crescendo. Galhos já eram para todos lados e continuou crescendo. Não parava de crescer e foi crescendo, crescendo, crescendo, virou a árvore maior da floresta e continuou crescendo. E foi neste crescendo, crescendo, crescendo, que chegou com sua copa lá em cima nas nuvens e virou a árvore maior do mundo.É, ficou grande, grande e convencida, lá de cima, orgulhosa, ela assim cloroficamente dizia:- "Eu sou a árvore maior do mundo, eu sou a árvore mais bonita do mundo, eu sou a árvore mais forte do mundo... E blá blá blá blá blá, ela não parava de se vangloriar: "Eu sou a rainha da floresta!!!"O povo, lá embaixo, parou até com a mania de se cumprimentar, quando se encontravam era só um: "Vovovovovocê viu, óh! Vovovovovocê viu, ah! Uns admirados, outros morrendo de medo, porque aquela árvore de tão grande metia medo. E ela, lá de cima, toda poderosa, via o povo aqui embaixo como se fossem formiguinhas.E assim foi, até que num belo dia...Belo dia que nada!Num dia feio, destes de muitos ventos, chuvas e trovoadas...Foi aí que a arvrona viu que forte ela não era, não era nada.Porque vinha um vento, mas um ventão, desses que carregam nuvens e varrem o chão, passava por ela e, como ela era muito grande e não tinha em quem se segurar, ela balançava todinha. Vinha um outro e ela ia. Mais um outro e ela trrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrremia.E foram vindo ventos de tudo enquanto era lado, vento assim e vento assado. E, num dado momento, ela não mais se agüentou e... se quebrou.Aquela arvrona grandona estava agora ali partida ao meio.Então ela começou a chorar, e foi chorando, chorando, chorando, chegou a murchar de tanto chorar.E ai sabem quem apareceu: Zuzu do Bem, a deusa da floresta do "OiComoVaiTudoBem...", que pegou sua varinha de condão, bateu no pé na árvore que caiu e disse as suas palavrinhas mágicas "bem-bem-bem-bererem-bem-bem eu-vou-bem-e-você-também" . Transformando aquela arvrona, num monte de arvorizinha bem pequenininha. E, com essas mudinhas, saiu por aí, replantando o mundo. E foi assim que o mundo verde de novo ficou.Ah, e, graças a Deus, até hoje, o povo de lá da floresta tem essa gostosa mania de se cumprimentar:
"Oi, como vai? Tubo bem? Tudo bom! E você? Tudo bem? Tudo bom! Então tá bom! Então tá, tudo de bom pra você! Ah, pra você e pros seus também! Até mais ver! Até! Com Deus! Amém, fica com Deus também! Tchau!!! Tchau!!! "Oi, como vai? Tubo bem? Tudo bom! E você? Tudo bem? Tudo bom! Então tá b.....
E, atualmente, inventaram até uma outra, que é assim:
Me desculpe, foi sem querer! Tudo bem, não foi nada, isto acontece! Então tá bom, precisando de qualquer coisa me procure. Obrigado! Não há de quê, disponha. Me desculpe, foi sem querer! Tudo bem, não foi nada, isto acontece! Então tá bom, precisando de qualquer coisa me procure. Obrigado! Não há de quê, disponha...
Mas isto ó faz parte de uma outra história...

* * *

A Árvore Generosa

Era uma vez uma Árvore que amava um menino.
E todos os dias, o menino vinha e juntava as suas folhas.
E com elas fazia coroas de rei. E com a Árvore, brincava de rei da floresta.
Subia no seu grosso tronco, balançava-se em seus galhos!
Comia seus frutos e quando ficava cansado, o menino repousava à sua sombra fresquinha.
O menino amava a Árvore profundamente.E a Árvore era feliz!
Mas o tempo passou e o menino cresceu!
Um dia, o menino veio e a
Árvore disse:"Menino, venha subir no meu tronco,
balançar-se nos meus galhos, repousar à minha sombra e ser feliz!"
"Estou grande demais para brincar", respondeu o menino.
"Quero comprar muitas coisas.
Você tem algum dinheiro que possa me oferecer?"
"Sinto muito", disse a Árvore,
"eu não tenho dinheiro. Mas leve os frutos, Menino.
Vá vendê-los na cidade, então terá o dinheiro e você será feliz!
"E assim o menino subiu pelo tronco, colheu os frutos e levou-os embora.E a Árvore ficou feliz!Mas o menino sumiu por muito tempo...
E a Árvore ficou tristonha outra vez.
Um dia, o menino veio e a Árvore estremeceu tamanha a sua alegria,
e disse: "Venha, Menino, venha subir no meu tronco, balançar-se nos meus galhos e ser feliz."
"Estou muito ocupado pra subir em Árvores", disse o menino.
"Eu quero uma esposa, eu quero ter filhos e para isso é preciso que eu tenha uma casa.
Você tem uma casa pra me oferecer?""Eu não tenho casa",
disse a Árvore. "Mas corte os meus galhos, faça a sua casa e seja feliz.
"O menino depressa cortou os galhos da Árvore e levou-os embora para fazer uma casa.
E a Árvore ficou feliz!O menino ficou longe por um longo, longo tempo,e no dia que voltou, a Árvore ficou alegre, de uma alegria tamanha que mal podia falar."Venha, venha, meu Menino", sussurrou, "venha brincar!""Estou velho para brincar", disse o menino,
"e estou também muito triste." "Eu quero um barco ligeiro que me leve pra bem longe.
Você tem algum barquinho que possa me oferecer?"
"Corte meu tronco e faça seu barco",
disse a Árvore. "Viaje pra longe e seja feliz!
"O menino cortou o tronco, fez um barco e viajou.
E a Árvore ficou feliz, mas não muito!
Muito tempo depois, o menino voltou.
"Desculpe, Menino", disse a Árvore.
"não tenho mais nada pra te oferecer. Os frutos já se foram."
"Meus dentes são fracos demais pra frutos", falou o menino.
"Já se foram os galhos para você balançar", disse a Árvore.
"Já não tenho idade pra me balançar", falou o menino.
"Não tenho mais tronco pra você subir", disse a a Árvore.
"Estou muito cansado e já não sei subir", falou o menino.
"Eu bem que gostaria de ter qualquer coisa pra lhe oferecer", suspirou a Árvore.
"Mas nada me resta e eu sou apenas um toco sem graça.
Desculpe ... ""Já não quero muita coisa", disse o menino,
"só um lugar sossegado onde possa me sentar, pois estou muito cansado."
"Pois bem", respondeu a Árvore, enchendo-se de alegria.
"Eu sou apenas um toco, mas um toco é muito útil pra sentar e descansar.
Venha, Menino, depressa, sente-se em mim e descanse
."Foi o que o menino fez. E a Árvore ficou feliz.
* * *
(de Shel Silvertein, Adaptado por Fernando Sabino)

* * *

Texto enviado pela contadora de histórias Erica Rodrigues.

* * *

Escravos da palavra


Você já percebeu o quanto nos torna escravos das palavras que falamos? De como nos conduzimos por situações difíceis pela nossa própria fala?
Os pensamentos, enquanto guardados na intimidade da casa mental, são propriedade única e exclusivamente de quem os idealiza.
Porém, o pensamento que se converte em verbo falado, passa a ser de domínio público e deveremos responder pelos reflexos dos mesmos.
A palavra que edifica, enobrece, auxilia, é tesouro que dispensamos ao caminhar.
Porém, o verbo ácido da crítica destrutiva, do comentário maledicente buscando a desmoralização alheia, ou a acusação injusta do julgamento insensato, são dificuldades que amealhamos e das quais teremos que dar conta, uma a uma.
Assim, é atitude de sabedoria vigiar as palavras que saem de nossa boca. Pensar antes do falar é atitude sensata que nos poupa de muitos dissabores.
Para tanto, é imperioso cultivarmos a reflexão e auto-analise do que se passa em nosso mundo íntimo, pois que a boca fala daquilo que está cheio o coração, conforme nos alerta Jesus.
Alguns pesquisadores chegam a afirmar que circulam em nossa casa mental cerca de 95.000 idéias ao dia, das quais 85.000 são repetitivas, doentias, monotemáticas.
Para que o verbo se faça construtivo, é necessário o exercício da faxina mental, para que da mente possamos exteriorizar aquilo que não nos escravize negativamente.
O exercício do silêncio interior, do isolar-se alguns instantes diariamente do mundo para se encontrar consigo mesmo é fundamental.
Ao mergulharmos no silêncio de nossa casa mental, vamos conhecendo e entendendo qual o mundo íntimo que carregamos e que, muitas das vezes, ainda se mostra totalmente desconhecido para nós mesmos.
* * *
Vigiemos nossas palavras, para que elas sejam úteis, proveitosas e edificantes. Evitemos o comentário maldoso, o julgamento precipitado ou a acusação indevida.
Ainda, preservemos o nosso falar das expressões chulas, das comparações grotescas ou das piadas vulgares. O clima emocional e psíquico, com o qual nos envolvemos, é fruto do que pensamos e do que falamos.
Se a mente ainda traz dificuldades, se os pensamentos infelizes ainda tomam nossa casa mental, muitas vezes nos perturbando, façamos o silêncio interior, deixando que lentamente aqueles pensamentos cedam espaço para outros, mais nobres e enriquecedores.
Cultivemos o verbo elegante, a palavra de consolo, os temas edificantes para que nossa boca não seja quem nos condene, fazendo-nos escravos daquilo que, de forma invigilante, expressamos com a palavra não refletida.
Divaldo Pereira Franco, no Encontro fraterno,
na praia de Guarajuba, Bahia, em data de 05.09.09.
Em 03.12.2009.


--
* * *
Mensagem enviada pela poetisa Márcia de araújo.
* * *
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...