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HOJE ALGUMAS FRASES ME DEFINEM: Clarice Lispector "Os contos de fadas são assim. Uma manhã, a gente acorda. E diz: "Era só um conto de fadas"... Mas no fundo, não estamos sorrindo. Sabemos muito bem que os contos de fadas são a única verdade da vida." Antoine de Saint-Exupéry. Contando Histórias e restaurando Almas."Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos." Fernando Pessoa

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domingo, 25 de abril de 2010

A Galinha Ruiva

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Um dia uma galinha ruiva encontrou um grão de trigo. - Quem me ajuda a plantar este trigo? - perguntou aos seus amigos. - Eu não - disse o cão. - Eu não - disse o gato.- Eu não - disse o porquinho. - Eu não - disse o peru. - Então eu planto sozinha - disse a galinha. - Cocoricó! E foi isso mesmo que ela fez. Logo o trigo começou a brotar e as folhinhas, bem verdinhas, a despontar. O sol brilhou, a chuva caiu e o trigo cresceu e cresceu, até ficar bem alto e maduro. - Quem me ajuda a colher o trigo? - perguntou a galinha aos seus amigos. - Eu não - disse o cão. - Eu não - disse o gato. - Eu não - disse o porquinho. - Eu não - disse o peru. - Então eu colho sozinha - disse a galinha. - Cocoricó! E foi isso mesmo que ela fez. - Quem me ajuda a debulhar o trigo?- perguntou a galinha aos seus amigos.- Eu não - disse o cão. - Eu não - disse o gato. - Eu não - disse o porquinho. - Eu não - disse o peru.- Então eu debulho sozinha - disse a galinha. - Cocoricó! E foi isso mesmo que ela fez. - Quem me ajuda a levar o trigo ao moinho? - perguntou a galinha aos seus amigos. - Eu não - disse o cão. - Eu não - disse o gato. - Eu não - disse o porquinho. - Eu não - disse o peru. - Então eu levo sozinha- disse a galinha. - Cocoricó! E foi isso mesmo que ela fez. Quando, mais tarde, voltou com a farinha, perguntou: - Quem me ajuda a assar essa farinha? - Eu não - disse o cão. - Eu não - disse o gato.- Eu não - disse o porquinho.- Eu não - disse o peru.- Então eu asso sozinha - disse a galinha.- Cocoricó! A galinha ruiva assou a farinha e com ela fez um lindo pão. - Quem quer comer esse pão? - perguntou a galinha. - Eu quero - disse o cão. - Eu quero - disse o gato.- Eu quero - disse o porquinho. - Eu quero - disse o peru.- Isso é que não! Sou eu quem vai comer esse pão!- disse a galinha. - Cocoricó. E foi isso mesmo que ela fez.
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MoraL da História:
Se queremos dividir a recompensa, devemos compartilhar o trabalho. Do livro:

O livro das Virtudes para Crianças
Conto Popular Inglês

3 comentários:

  1. É muito bom,adorei cada cada palavra cada detalhe,sou amante das palavras,mas não tive sua coragem!parabéns!

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  2. Obrigada Haia. Comecei a colher Histórias em uma época difícil da minha vida. Mas pessoas como você não deixam desistir. Obrigada.

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  3. Nesta fábula, a Galinha começa com ideais "socialistas”, onde os meios de produção são possíveis através da cooperação entre trabalhadores de maneira democrática no local de trabalho. No socialismo, todos têm direito de produzir e dessa forma, todos têm direito de ter a sua justa parte dentro da comunidade, onde todos trabalham, todos têm empregos e todos recebem pelo seu trabalho honesto.
    Os outros animais “capitalistas”, rejeitam a oportunidade de produção igualitária que traria as oportunidades de trabalho (oferecidas pela Galinha), e que beneficiaria a todos no final do processo. Os animais capitalistas, não conseguem enxergar a oportunidade oferecida para sociedade viver em conjunto, socialmente igualitária, de forma socialista.
    Os animais capitalistas, visam somente o lucro, a exploração da Galinha trabalhadora, que por fim trabalhou e produziu sozinha o seu pão. Onde logo em seguida, vemos o governo capitalista surgir para taxar, criar impostos e extorquir da Galinha todas as oportunidades de se sustentar... Junto com o governo capitalista, vamos novamente os animais também capitalistas, que rejeitaram o trabalho “social”, comunitário e participativo, para agora querer consumir de maneira injusta, aquilo que eles mesmo poderiam ter produzido juntos e teria beneficiado a todos.
    Por fim, a Galinha sobrecarregada com as taxas e impostos do governo, nunca mais produz o pão, ao perceber também que não teria ajuda dos animais que não enxergavam a oportunidade de justiça social que daria a todos os mesmos direitos de produção e ganho, e só visaram o lucro.
    FIM

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