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HOJE ALGUMAS FRASES ME DEFINEM: Clarice Lispector "Os contos de fadas são assim. Uma manhã, a gente acorda. E diz: "Era só um conto de fadas"... Mas no fundo, não estamos sorrindo. Sabemos muito bem que os contos de fadas são a única verdade da vida." Antoine de Saint-Exupéry. Contando Histórias e restaurando Almas."Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos." Fernando Pessoa

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quinta-feira, 18 de março de 2010

As Três Penas e o Rei - 14H MMN


Irmãos Grimm
Era uma vez um rei que tinha três filhos. Dois deles eram inteligentes e sensatos, porém o mais novo, era chamado de Simplório ou Bobalhão. Quando o rei sentiu que estava ficando fraco, começou a pensar em deixar o trono, mas não sabia a qual filho deveria passar a coroa. Pensou muito, chamou os três filhos para junto dele e falou:- Saiam em viagem e aquele que trouxer o mais lindo Tapete, será meu sucessor. Mas, para que não houvesse discussão entre os três em relação ao caminho a seguir, o rei levou-os para a frente do Castelo, pegou três penas e soprou-as para o ar dizendo:- Para onde elas voarem, para lá ireis. A primeira voou para o oeste, a segunda para leste e a terceira caiu no chão perto do mais novo. Assim, um irmão foi para a direita, o outro tomou a esquerda, mas ficaram zombando do mais novo que não poderia ir para lugar nenhum, porque a pena tinha caído no chão e ele teria que ficar ali no mesmo lugar. Simplório sentou-se no chão, muito triste, mas de repente, ele viu um alçapão e resolveu abri-lo. Quando levantou a tampa ele viu que havia uma escada para baixo. Resolveu descer para ver o que podia encontrar. Lá embaixo, encontrou uma porta, bateu e ouviu uma voz que dizia:“Donzela menina,Verde e pequenina. Pula de cá para lá Ligeiro vai olhar,Quem lá na porta está.”A porta abriu e ele viu uma grande e gorda sapa sentada e rodeada por uma porção de sapinhos pequenos. A gorda sapa perguntou o que ele queria, ele respondeu sem graça:-Eu gostaria de ter o mais lindo Tapete que exista, para me tornar rei. Aí a sapa chamou uma sapinha e lhe disse:“Donzela menina Verde e pequenina Pula de cá pra lá Ligeiro vá buscar A caixa que lá está.”A sapinha trouxe a caixa que era bem grande e a sapa gorda abriu-a tirando de dentro dela o mais lindo e fino Tapete que existia na terra e entregou-o ao rapaz. Ele agradeceu e subiu de volta. Os outros dois irmãos, porém, julgando-se muio sabidos, não procuraram nada. Pegaram, cada um, uma pastora de ovelhas e tiraram sua grossas mantas para levar ao rei e dizer que eram Tapetes. Quando chegaram, o mais novo estava entrando no Castelo, trazendo o maravilhoso Tapete. Quando o rei viu o Tapete, admirou-se e disse:- Por direito e por justiça, o reino deve pertencer a ele, meu caçula. Na mesma hora os outros dois reclamaram dizendo ser impossível ele se tornar rei. Pediram mais uma tarefa ao pai. Este lhes falou:- Herdará o meu reino aquele que trouxer o mais belo Anel que existir. Simplório mais uma vez desceu pela escada do alçapão e contou o que acontecera para a sapa gorda, dizendo o que precisava agora.A sapa na mesma hora chamou a sapinha e lhes disse a mesma coisa:“Donzela menina Verde e pequenina Pula de cá pra lá Ligeiro vá buscar A caixa que lá está.”Quando a sapa abriu a caixa, ela tirou o mais lindo Anel que já se viu, cheio de pedras e brilhantes. Os dois mais velhos mais uma vez não se preocuparam e pegaram pelo caminho aros de uma roda e levaram ao rei. Quando o mais novo chegou com o maravilhoso Anel, o rei novamente disse que ele seria o novo rei, mas os irmãos não se conformaram e pediram uma última chance. O rei resolveu conceder o pedido, mas disse que seria a última tarefa, definitivamente. Eles teriam que trazer a mais linda Moça que encontrassem. Simplório desceu novamente as escadas para falar com a sapa e dizer-lhe que precisava de uma linda Moça. -Ah, disse a sapa, esta não está à mão assim, de repente, mas vais recebê-la. Ela deu-lhe um nabo oco, com seis camundongos atrelados nele. Simplório perguntou a ela o que fazer com isso?A sapa respondeu:- Ponha uma das sapinhas pequenas aí dentro. Ele agarrou uma sapinha e colocou-a dentro do nabo oco. Nem bem ela sentou-se, transformou-se numa lindíssima Moça, o nabo virou uma carruagem e os camundongos lindos cavalos. Ele partiu para casa. Os dois nem se preocuparam em procurar Moça bonita, levaram as primeiras camponesas que encontraram pelo caminho. Quando o rei viu as três, nem pensou, decidiu que o reino era do mais novo, por direito e por justiça.Mais uma vez os dois gritaram que não era possível Simplório ganhar a coroa e exigiram que o reino fosse dado ao que conseguisse que a Moça escolhida saltasse através de um aro que pendia do teto do salão. Eles pensavam que as camponesas iriam conseguir, porque a outra tinha um jeito franzino e fraco.O rei aprovou a idéia e pediu que as três pulassem. Mas as camponesas eram tão desajeitadas que caíram no chão ao pular e uma quebrou a perna e a outra o braço. A fraquinha pulou então, e atravessou o arco com leveza sem se machucar. O rei não discutiu mais e deu a coroa para o Simplório. Este, como era muito bom, deixou que os irmãos continuassem a morar no Castelo com suas camponesas, as quais passariam a fazer todo o serviço. Desta maneira todos ficaram felizes e Simplório mostrou-se um ótimo rei.
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Ilustrações de Sandra Nascimento
V N Gaia, Portugal
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Fotos Pastoral:
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