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HOJE ALGUMAS FRASES ME DEFINEM: Clarice Lispector "Os contos de fadas são assim. Uma manhã, a gente acorda. E diz: "Era só um conto de fadas"... Mas no fundo, não estamos sorrindo. Sabemos muito bem que os contos de fadas são a única verdade da vida." Antoine de Saint-Exupéry. Contando Histórias e restaurando Almas."Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos." Fernando Pessoa

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quarta-feira, 26 de outubro de 2011

O Rato e o Caçador


Imagens do Google
Antigamente havia um caçador que usava armadilhas, abrindo covas no chão. Ele tinha uma mulher que era cega e fizera com ela três filhos.
Um dia, quando visitava as suas armadilhas, encontrou-se com um leão:
__ Bom dia, senhor! Que fazes por aqui no meu território? (perguntou o leão)
__ Ando a ver se as minhas armadilhas apanharam alguma coisa, respondeu o homem.
__ Tu tens de pagar um tributo, pois esta região pertence-me. O primeiro animal que apanhares é teu e o segundo meu e assim sucessivamente.
O homem concordou e convidou o leão a visitar as armadilhas, uma das quais tinha uma presa __ uma gazela. Conforme o combinado, o animal ficou para o dono das armadilhas.
Passado algum tempo, o caçador foi visitar os seus familiares e não voltou no mesmo dia. A mulher, necessitando de carne, resolveu ir ver se alguma das armadilhas tinha presa. Ao tentar encontrar as armadilhas, caiu numa delas com a criança que trazia ao colo.
O leão que estava à espreita entre os arbustos, viu que a presa era uma pessoa e ficou à espera que o caçador viesse para este lhe entregar o animal, conforme o contrato.
No dia seguinte, o homem chegou a sua casa e não encontrou nem a mulher nem o filho mais novo. Resolveu, então, seguir as pegadas que a sua mulher tinha deixado, que o guiaram até à zona das armadilhas. Quando aí chegou, viu que a presa do dia era a sua mulher e o filho. O leão, lá de longe, exclamou ao ver o homem a aproximar-se:
__ Bom dia amigo! Hoje é a minha vez! A armadilha apanhou dois animais ao mesmo tempo. Já tenho os dentes afiados para os comer!
__ Amigo leão, conversemos sentados. A presa é a minha mulher e o meu filho.
__ Não quero saber de nada. Hoje a caçada é minha, como rei da selva e conforme o combinado, protestou o leão.
De súbito, apareceu o rato.
__ Bom dia titios! O que se passa?, disse o pequeno animal.
__ Este homem está a recusar-se a pagar o seu tributo em carne, segundo o combinado.
__ Titio, se concordaram assim, porque não cumpres? Pode ser a tua mulher ou o teu filho, mas deves entregá-los. Deixa isso e vai-te embora, disse o rato ao homem.
Muito contrariado, o caçador retirou-se do local da conversa, ficando o rato, a mulher, o filho e o leão.
__ Ouve, tio leão, nós já convencemos o homem a dar-te as presas. Agora deves-me explicar como é que a mulher foi apanhada. Temos que experimentar como é que esta mulher caiu na armadilha (e levou o leão para perto de outra armadilha).
Ao fazer a experiência, o leão caiu na armadilha.
Então, o rato salvou a mulher e o filho, mandando-os para casa.
A mulher, vendo-se salva de perigo, convidou o rato a ir viver para a sua casa, comendo tudo o que ela e a sua família comiam.

Foi a partir daqui que o rato passou a viver
em casa do homem, roendo tudo quanto existe...

http://www.terravista.pt/Bilene/4619/Conto9.html

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