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HOJE ALGUMAS FRASES ME DEFINEM: Clarice Lispector "Os contos de fadas são assim. Uma manhã, a gente acorda. E diz: "Era só um conto de fadas"... Mas no fundo, não estamos sorrindo. Sabemos muito bem que os contos de fadas são a única verdade da vida." Antoine de Saint-Exupéry. Contando Histórias e restaurando Almas."Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos." Fernando Pessoa

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segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Iamuricumás - As Mulheres sem o Seio Direito




Imagens do Google


Em meio a uma grande festa, os índios haviam concluído a cerimônia de furar as orelhas de seus meninos, após a qual as crianças permanecem de resguardo. Segundo o costume, os homens da tribo foram à pesca para bem alimentá-las, enquanto as mulheres prosseguiram com o corte dos cabelos. Percebendo que os pais demoravam a chegar, o filho pajé decidiu ir ao rio, onde pôde observa-los batendo o timbó e pegando muitos peixes. Repentinamente, como por encanto, os índios transformaram-se em animais selvagens. Assustado o menino correu à tribo, relatando à sua mãe o que sucedera. Esta avisou as outras mulheres e, reunidas, preparavam-se para fugir dentro de poucos dias, pois os homens da pescaria agora representavam perigo! Pintaram-se e ornamentaram o corpo como se fossem homens.
Em seguida a esposa do pajé, à frente do grupo, entoou um canto, conduzindo-o até a floresta. Lá, untaram-se de veneno transformando-se no espírito Mamaé. Após cantarem e dançarem dois dias sem cessar, pediram a um velho que, pousando sobre as costas a casca de um tatu, seguisse à sua frente, abrindo-lhes passagem. O homem passou a agir como se fosse o próprio animal. As
mulheres, indiferentes aos homens da pescaria, seguiram o seu caminho, a cantar e a dançar, levando consigo mulheres de mais duas aldeias. Suas crianças foram lançadas ao rio, tornando-se peixes. Ainda hoje, as Iamuricumás viajam dia e noite, armadas de arco e flecha. Não possuem o seio direito, para melhor manejá-los. E assim, cantando e dançando, continuam a abrir caminhos pela floresta, seguindo eternamente o homem tatu.
Lenda indígena. Brasil.

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