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Estava um religioso a cozinhar numa pousada suas magras viandas.
Uma mulher, que morava na vizinhança, meteu os olhos pela janelinha que lhe ficava fronteira e pouco distante, e perguntou-lhe, em tom de gracejo, se lhe faltava alguma coisa.
- Sim, falta - respondeu o santo. Alguns ladrilhos e um pouco de barro para entaipar essa janela.
As palavras do santo envolviam claramente uma censura à curiosidade importuna de sua vizinha.
Ensinam os teólogos que não devemos criticar o procedimento dos outros nas coisas que não nos dizem respeito. Temos muito que fazer em nós mesmos e em o nosso interior, sem que nos seja preciso importar-nos com o que respeita aos outros. É isto excelente remédio contra a maledicência.
Quando São Pedro teve a curiosidade de perguntar a Jesus o que acontecia a João, ouviu do Mestre esta resposta célebre: Que te importa a ti? Segue-me! Por que perguntas coisas que não te dizem respeito?
Desfrutaríamos de muita paz se não nos ocupássemos de ações e palavras que não pertencem ao nosso cuidado.
Como pode, por muito tempo, viver em paz quem se intromete nos negócios alheios, quem sai em busca de relações exteriores, e pouco ou raramente se recolhe em si mesmo?
Bem-aventurados os simples, porque gozarão de muita paz.
Fonte: Lendas do Céu de da Terra de Malba Tahan
Uma mulher, que morava na vizinhança, meteu os olhos pela janelinha que lhe ficava fronteira e pouco distante, e perguntou-lhe, em tom de gracejo, se lhe faltava alguma coisa.
- Sim, falta - respondeu o santo. Alguns ladrilhos e um pouco de barro para entaipar essa janela.
As palavras do santo envolviam claramente uma censura à curiosidade importuna de sua vizinha.
Ensinam os teólogos que não devemos criticar o procedimento dos outros nas coisas que não nos dizem respeito. Temos muito que fazer em nós mesmos e em o nosso interior, sem que nos seja preciso importar-nos com o que respeita aos outros. É isto excelente remédio contra a maledicência.
Quando São Pedro teve a curiosidade de perguntar a Jesus o que acontecia a João, ouviu do Mestre esta resposta célebre: Que te importa a ti? Segue-me! Por que perguntas coisas que não te dizem respeito?
Desfrutaríamos de muita paz se não nos ocupássemos de ações e palavras que não pertencem ao nosso cuidado.
Como pode, por muito tempo, viver em paz quem se intromete nos negócios alheios, quem sai em busca de relações exteriores, e pouco ou raramente se recolhe em si mesmo?
Bem-aventurados os simples, porque gozarão de muita paz.
Fonte: Lendas do Céu de da Terra de Malba Tahan
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