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HOJE ALGUMAS FRASES ME DEFINEM: Clarice Lispector "Os contos de fadas são assim. Uma manhã, a gente acorda. E diz: "Era só um conto de fadas"... Mas no fundo, não estamos sorrindo. Sabemos muito bem que os contos de fadas são a única verdade da vida." Antoine de Saint-Exupéry. Contando Histórias e restaurando Almas."Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos." Fernando Pessoa

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quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

A Festa no Galinheiro

Marlene B. Cerviglieri
Eu morava em uma casa muito grande mesmo.Até um córrego ela tinha que passava embaixo das parreiras de uva.No quintal havia de tudo desde arvores de frutas, flores e uma horta muito
grande que servia a todos os vizinhos.Costumava ficar muito sozinha, pois meus pais trabalhavam e meus bisavós que cuidavam de mim e de todo o resto do quintal.Tínhamos um galinheiro muito grande repleto de aves.Bem no meio dele havia uma arvore de goiaba que dava fruta o ano inteiro. Sempre que podia, depois de fazer meus deveres de escola e os da casa, ia para o alto da árvore.De lá avistava as demais casas seus quintais e, principalmente o galinheiro todinho.Ficava observando e era uma festa o tempo todo.Depois de botarem o ovo as galinhas anunciavam com um cocoricó bem alto.
As galinhas de angola eram muito engraçadas, falavam o tempo todo
sempre a mesma coisa, to fraco to fraco...As patas então chamavam seus filhinhos que sempre que podiam escapavam para o córrego!Era um quá, quá bem forte mesmo.No meio de tantos sons era uma alegria, a festa no galinheiro.Apesar de ser menina eu não dispensava meu estilingue.Ah mas não atirava em pássaros ou nas aves. Sabe o que fazia?Acertava nas goiabas bem maduras que caíam diretamente no chão do galinheiro e ai então...
Que festa elas faziam.Nós não tínhamos cachorro, pois meus bisavós tinham a plantação e não achavam higiênico manter um animal.Mas um louro, quero dizer um papagaio eu consegui e sempre o levava comigo para cima da arvore.Era o meu palco lá em cima e ele falava o tempo todo.Quando as galinhas botavam ovos, eu gritava para minha bisavó:-Tem ovo no ninho...E a qualquer canto lá embaixo o Louro gritava: -Tem ovo no ninho...A confusão ficava armada, pois nem sempre era verdade.Além disso, ele sempre me aprontava na hora de descer.Gostava de ficar lá em cima e não vinha para meu ombro.Para esta situação inventei uma brincadeira que ele corria bem depressinha.Gritava festa no galinheiro, tem ovo no ninho vamos buscar...Ele vinha depressa, pois gostava e muito de entrar onde estavam os ninhos e correr atrás das galinhas que se assustavam com os gritos dele!Então não é uma festa no galinheiro?O dia inteiro só ficando tudo quietinho quando o sol ia baixando e a noite chegando.São historias de uma infância feliz, onde não havia tantas maquinas de brincar, tanta distração Mas. existe um jeito de brincar mesmo não tendo um quintal igual ao que foi o meu.Use a imaginação, crie suas brincadeiras, não fique preso a maquinas o tempo todo elas levam embora sua criatividade.Você precisa pensar entender, criar coisas e não virar um robô.Que tal vamos subir na arvore agora e ver a festa no galinheiro?Imaginando é claro, mas brincando!

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História enviada por Erica Rodrigues.
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